"Amar uma pessoa significa vê-la como Deus
pretendia que ela fosse" (Dostoiévski)
Você conhece ou convive com alguém que recebeu a pecha de ser uma "pessoa difícil"? Toda família ou turma de amigos tem o seu representante. Ele está presente em todos os lugares. Geralmente são geniosos, irritadiços, pusilânimes, mau-humorados, e de difícil relacionamento e convivência.
A igreja, por exemplo, é um celeiro de pessoas assim. Não há nenhuma surpresa nisto, posto que são pecadores arrependidos, que encontraram a Jesus, mas ainda estão brigando com suas contradições interiores e lutando contra a velha natureza.
A própria bíblia nos mostra uma variada gama de personagens que tiveram relacionamentos tempestuosos com gente "difícil": a bela e sensata Abigail conviveu com o irascível Nabal [significa louco]. A serena e centrada Maria teve por irmã uma "ativíssima" e irritadiça Marta. Davi passou sua juventude ao lado de Saul, homem de temperamento violento e invejoso. Na parábola do filho pródigo, com certeza, o problemático era o rabugento e sorumbático irmão mais velho.
Um dos aspectos mais importantes da vida do cristão - e infelizmente um dos mais negligenciados - é o que diz respeito ao relacionamento interpessoal. Falamos muito em dons, bênçãos, oração, missão, louvor..... e por vezes até somos bem sucedidos nestas áreas, mas quase sempre a um custo elevado da vida relacional.
Acostumamo-nos ver cristãos que passam horas na presença de Deus, lágrimas rolam-lhes pela face, sobem ao terceiro céu, têm visões de anjos.... mas quando "descem" aqui pra Terra não conseguem conviver ou interagir com seus irmãos. Outros, vivem numa espiritualidade tão absorta em si mesmos que não fazem a menor questão de serem agradáveis ou amistosos. Lembro-me daquela menininha que orou:
"-Oh Deus, transforme as pessoas ruins em pessoas boas,
e as pessoas boas em agradáveis".
Muitos destes considerados "difíceis" são justamente cristãos operosos. Mas como é difícil o diálogo com eles, como é penoso falar-lhes.... a gente precisa medir as palavras, ter mesuras, cuidados.... Ou a intimidade com Deus se transforma em relacionamentos humanos frutuosos ou ela não passa de uma religiosidade oca, vazia e estéril.
Por outro lado, há os que são "difíceis" pelo temperamento [explosivo, melancólico, irritadiço, obsessivo....]. É fácil reconhece-los, pois estão sempre acuados, defendendo suas posições; qualquer palavra contrária às suas convicções é uma ameaça para eles. A atitude comum é sempre de autoproteção, de ensimesmamento.
Como agir com sabedoria quando Deus colocou em nosso meio pessoas com este perfil? Em primeiro lugar, devemos ser bênção para elas. A estas, devemos acolher, e não discutir: "acolhei ao que é débil na fé, não para discutir opiniões" (Rm 14.1). O forte deve saber calar e esperar.
Se ela age insensatamente (e provavelmente o faz) é preciso saber que "não adianta repreender o insensato, pois você só vai se aborrecer" (Pv 9.8). Sua fragilidade e o desejo de defender seus pontos de vista não permitirão ouvi-lo. Embora você possa ser sensato no falar, suas palavras jamais serão vistas como de sabedoria, mas de antagonismo. E aí você entrará num terreno pantanoso - o campo da discussão; adoram discutir, pois faz parte da estratégia de dissuasão e afastamento do outro.
O que fazer, então? Falar-lhe em amor, mas essencialmente saber esperar com paciência e longanimidade [fruto do Espírito] até que haja uma transformação pela renovação da sua mente. No ministério pastoral, por exemplo, estamos sempre esperando.
Precisamos abandonar a idéia de que "nós" vamos mudar os outros. Muito "casamento-missionário" fracassa porque um dos parceiros casa-se para converter ou mudar a outra pessoa. Não somos capazes de mudar ninguém. Não é obra nossa, mas do Espírito. A nós cabe vivermos tranqüila e mansamente e sermos para o outro um paradigma de Cristo. Bonhoeffer diz que todas as nossas tentativas para lançar uma ponte no abismo que nos separa dos outros, de vencer por meios naturais a distância intransponível que há no caráter diferente dos outros homens, se não passar pelo Mediador Cristo, haverá de falhar.
"Suportai-vos uns aos outros", não significa uma tolerância a contragosto. Ao contrário, a idéia é de sermos suportes, colunas, para a deficiência do outro.
Num certo sentido, todos nós somos "difíceis", dada a complexidade de nosso coração, as marcas indeléveis da vida e as defesas que erigimos para nos defender de um mundo hostil. O poeta Mário Quintana, tão bem reconheceu....
Por favor, não me analiseNão fique procurando cada ponto fraco meu.Se ninguém resiste a uma análise profunda,Quanto mais eu...Ciumento, exigente, inseguro, carenteTodo cheio de marcas que a vida deixou.
Mas que este reconhecimento não seja uma desculpa para permanecer no mesmo estado sempre. A luz que o Espírito emana em nosso interior é para lançar um facho sobre o emaranhado que há dentro de nós, e nos ajudar nesta caminhada de "descomplicar" a nossa vida. Que Deus nos ajude!
Pr. Daniel
terça-feira, 24 de junho de 2008
SE NÃO FOR POR AMOR....
Ainda que eu entregue os dízimos de todos os meus ganhos ao Senhor, e faça todos os sacrifícios que me forem pedidos, se for por interesse ou para cobrar recompensa de Deus depois, nada valerá.
Ainda que eu ofereça na casa do Senhor as mais belas canções de amor, numa atmosfera de harmonia e espiritualidade, contudo, se uma ponta de vaidade e orgulho sutilmente se esgueirar por trás do meu rosto crispado, ao Senhor nada aproveitará.
Ainda que eu cure inúmeros doentes e levante paralíticos, e os cegos que minhas mãos tocarem voltem a enxergar, mas a despeito disso, se o nome do meu ministério ou de minha pessoa ofuscarem Aquele que é a origem de todos os milagres, sou um nada que imagina ser alguma coisa.
O amor não se arroga ter qualquer direito. O amor não faz cobranças a Deus, nem Lhe exige nada, pois é agradecido de coração por tudo o que recebe. O amor recusa-se a orar somente para pedir, mas faz da oração o momento de buscar comunhão com o Eterno. O amor não tenta mostrar aquilo que não é, posto ser transparente até mesmo quando erra.
Há muitas manifestações que se confundem com amor: a necessidade de sentir-se aceito pelo grupo ou até mesmo pela família pode tornar alguém extremamente servil, mas ao longo do tempo esse servilismo, erroneamente confundido como um amor-cuidadoso – por ser tão gentil e benevolente – pode transformar-se em raiva acumulada por tudo o que ele fez e “nunca lhe deram o devido valor”. Um ego que sente a necessidade de ser reconhecido como alguém especial fará tudo para dominar pessoas que transitam à sua volta, com um amor-provedor, mas só enquanto as pessoas lhe forem úteis para o seu propósito. No mundo gospel motivações inconfessáveis se escondem por trás da voz mansa, do gesto suave, ou palavras de lisonja, parecendo um pastor-amoroso, mas não passa daquele “lobo em pele de cordeiro” que Jesus falou.
Desde o Antigo Testamento Deus começou a se desagradar de seu povo, pois este cumpria o que a Lei pedia, sem entretanto colocar ali o seu coração, e se davam por satisfeitos como “cumpridores da Lei”. Mas vem Jesus e mostra que não basta apenas “fazer”, mas... com que intenção? Com que coração? Com que motivação? Se não for por amor.... esqueça.
Por vezes a (má!) intenção do ato está tão descaradamente à tona que não conseguimos esconder de nós e muito menos dAquele que perscruta todas as coisas. Outras vezes não está muito claro ao nosso consciente as motivações ocultas, pois “como águas profundas são os propósitos do coração do homem” (Pv 20.5).
Invariavelmente o Espírito me incomoda quando minha motivação não foi o amor. Sinto-me decepcionado com minha mesquinhez. Entendo agora porque Davi pedia com tanto ardor: “cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 51.10). Chega uma hora que nossos atos se tornam vazios, desprovidos de sentido, se por trás deles não há amor. É como se fôssemos empulhadores disfarçados de piedosos. Arre!
Pureza de propósitos, pureza de coração, é tudo o que o Eterno espera.
Percebo que os cristãos reformados são craques nas Confissões de Westminster. Admiro os adventistas que recitam de cor o Decálogo de Moisés. O bom metodista já leu os 25 artigos de religião de Wesley, e os batistas conhecem as “4 leis espirituais”. Parece que o apto a confessar-se cristão é aquele que aprende, memoriza, repete e concorda com os princípios de fé. Mas há uma pergunta que ainda precisa ser respondida, a mais importante de todas, aquela pergunta que se não tiver a resposta correta, todas as outras perdem sentido:
- “Filho, você me ama?”
Pr. Daniel
Ainda que eu ofereça na casa do Senhor as mais belas canções de amor, numa atmosfera de harmonia e espiritualidade, contudo, se uma ponta de vaidade e orgulho sutilmente se esgueirar por trás do meu rosto crispado, ao Senhor nada aproveitará.
Ainda que eu cure inúmeros doentes e levante paralíticos, e os cegos que minhas mãos tocarem voltem a enxergar, mas a despeito disso, se o nome do meu ministério ou de minha pessoa ofuscarem Aquele que é a origem de todos os milagres, sou um nada que imagina ser alguma coisa.
O amor não se arroga ter qualquer direito. O amor não faz cobranças a Deus, nem Lhe exige nada, pois é agradecido de coração por tudo o que recebe. O amor recusa-se a orar somente para pedir, mas faz da oração o momento de buscar comunhão com o Eterno. O amor não tenta mostrar aquilo que não é, posto ser transparente até mesmo quando erra.
Há muitas manifestações que se confundem com amor: a necessidade de sentir-se aceito pelo grupo ou até mesmo pela família pode tornar alguém extremamente servil, mas ao longo do tempo esse servilismo, erroneamente confundido como um amor-cuidadoso – por ser tão gentil e benevolente – pode transformar-se em raiva acumulada por tudo o que ele fez e “nunca lhe deram o devido valor”. Um ego que sente a necessidade de ser reconhecido como alguém especial fará tudo para dominar pessoas que transitam à sua volta, com um amor-provedor, mas só enquanto as pessoas lhe forem úteis para o seu propósito. No mundo gospel motivações inconfessáveis se escondem por trás da voz mansa, do gesto suave, ou palavras de lisonja, parecendo um pastor-amoroso, mas não passa daquele “lobo em pele de cordeiro” que Jesus falou.
Desde o Antigo Testamento Deus começou a se desagradar de seu povo, pois este cumpria o que a Lei pedia, sem entretanto colocar ali o seu coração, e se davam por satisfeitos como “cumpridores da Lei”. Mas vem Jesus e mostra que não basta apenas “fazer”, mas... com que intenção? Com que coração? Com que motivação? Se não for por amor.... esqueça.
Por vezes a (má!) intenção do ato está tão descaradamente à tona que não conseguimos esconder de nós e muito menos dAquele que perscruta todas as coisas. Outras vezes não está muito claro ao nosso consciente as motivações ocultas, pois “como águas profundas são os propósitos do coração do homem” (Pv 20.5).
Invariavelmente o Espírito me incomoda quando minha motivação não foi o amor. Sinto-me decepcionado com minha mesquinhez. Entendo agora porque Davi pedia com tanto ardor: “cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 51.10). Chega uma hora que nossos atos se tornam vazios, desprovidos de sentido, se por trás deles não há amor. É como se fôssemos empulhadores disfarçados de piedosos. Arre!
Pureza de propósitos, pureza de coração, é tudo o que o Eterno espera.
Percebo que os cristãos reformados são craques nas Confissões de Westminster. Admiro os adventistas que recitam de cor o Decálogo de Moisés. O bom metodista já leu os 25 artigos de religião de Wesley, e os batistas conhecem as “4 leis espirituais”. Parece que o apto a confessar-se cristão é aquele que aprende, memoriza, repete e concorda com os princípios de fé. Mas há uma pergunta que ainda precisa ser respondida, a mais importante de todas, aquela pergunta que se não tiver a resposta correta, todas as outras perdem sentido:
- “Filho, você me ama?”
Pr. Daniel
Demolindo as Torres de Babel (IV)
“Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz; levanta-te, refugia-te na casa de Labão, meu irmão, em Harã, e demora-te com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão; até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e ele se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada de vós ambos num só dia? E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher dentre as filhas de Hete, tais como estas, dentre as filhas desta terra, para que viverei?” (Gn 27. 43-46).
Certa vez, participando de uma reunião de pais e mestres no colégio de um dos meus filhos, a orientadora pedagógica da escola deu-nos a xerox de um texto que foi lido por ela durante a reunião. Tratava-se do exemplo de vida que nós como pais estávamos levando aos nossos filhos. Uma das frases que mais me chamou a atenção no texto foi a de que somos o espelho no qual nossos filhos se miram e se vêem. Encerrava-se afirmando que quando deixamos de ser espelho nos tornamos vidraças expostas às pedradas que fatalmente serão lançadas contra nós.
Citamos acima o exemplo que Isac herdara de seu pai Abraão e que por sua vez passara aos filhos. Se podemos aplicar aqui a lei da semeadura, por certo, não tardaria para que o tempo da colheita se cumprisse também na casa de Isaque.
Um erro jamais poderá ser reparado com a prática de outro. Percebam que Isaque, mais uma vez, não chama Jacó para dissuadi-lo da fuga nem aconselhá-lo com respeito a seu irmão, mas orienta-o a partir para a casa de seu tio, endossando a solução encontrada por sua esposa Rebeca. Sua passividade em face de uma situação tão séria é por demais espantosa. Um filho jurara matar o outro! Isso não é pouco!
Filhos que não conhecem seus limites irão atropelar a todos, a começar dentro de casa. Vai-se a autoridade paterna quando não se mostram aos filhos seus limites bem definidos.
CONCLUSÃO:
“Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai, foi-se Esaú a Ismael e, além das mulheres que já tinha, tomou por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote” (Gn 28. 8-9).
Há muitas famílias enfrentando a “síndrome de Esaú” em nossos dias. É duro ter que admitir, mas muitos homens de Deus não exercem nenhuma autoridade sobre seus filhos porque, na verdade, nunca se mostraram muito presentes nos momentos mais simples da infância, na idade em que somos os heróis na vida de nossos filhos. A atitude de Esaú revela uma ação de vingança contra os pais porque nunca foram confrontados e mais uma vez não houve um concerto, mas o paliativo da fuga. Nada pode revelar mais uma fraqueza que a fuga. A fuga não soluciona o problema, mas encuba-o para apresentá-lo mais tarde, às vezes com maior intensidade.
“Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra” (Gn 11. 8-9).
A Torre de Babel na casa de Isaque atingira seu auge. A família começara a se espalhar. Jacó, mais uma vez orientado pela mãe, foge de casa para salvar sua vida. Esaú toma por esposa uma mulher contra a vontade dos pais e Rebeca fica lamentando com Isaque a sua sorte. Pronto, a família de Isaque estava totalmente separada. Uma grande “Torre de Babel” havia sido erguida, porém não é de torre que o Senhor se agrada, mas de altar, onde podemos consagrar nossas vidas e nossas famílias. Altar lembra sacrifício e tudo que era colocado no altar do Senhor era santificado. A melhor parte da história começa quando Jacó em sua fuga tem, em sonho, a visão da glória de Deus. Deus, agora, já não era somente o “Deus de Abraão” nem somente o “Deus de Isaque”, mas passou a ser também o “Deus de Jacó”.
“Ao acordar Jacó do seu sono, disse: Realmente o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus. Jacó levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que pusera debaixo da cabeça, e a pôs como coluna; e derramou-lhe azeite em cima. E chamou aquele lugar Betel; porém o nome da cidade antes era Luz” (Gn 28. 16-19).
É aqui onde a história começa a ser mudada. Jacó não seria mais um jovem que conhecia a Deus somente de ouvir falar. Agora ele tinha sua própria experiência com Deus e toma por si mesmo a decisão de servi-lo dali para frente. Aquela pedra, sobre a qual repousara a cabeça não foi colocada na “torre” da família, mas fora o primeiro altar sobre o qual Jacó colocou todos os seus anseios e suas preocupações:
“Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (Gn 28. 20-22).
Poderíamos continuar escrevendo muitas coisas sobre Jacó, desde sua chegada na casa de seu tio até sua saída regressando à sua terra de onde saíra, porém, façamos um hiato na história, recomeçando-a a partir de seu encontro com seu irmão Esaú. A “Torre de Babel” da casa de Isaque sofre, em toda sua existência, seu maior ataque demolidor; a força do perdão.
“Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram” (Gn 33. 4).
Não há barreiras relacionais que não possam ruir pelo poder do perdão. Se tivessem aprendido antes a fazer uso dessa arma, de quanto desgosto poderiam ter sido poupados!
A Bíblia nos fornece uma informação precisa do que precisamos fazer para demolir as remanescentes “Torres de Babel” que persistem em muitas famílias: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição” (Ml 4. 5-6).
O Revmo. Bispo Paulo Lokmann em um de seus estudos, intitulado “A Terra está Doente” enviado aos pastores, retrata muito bem as grandes “Torres de Babel” que cada vez mais estão sendo edificadas em todos os setores de nossa sociedade. Mas é na família e na Igreja que esta obra tem encontrado o solo mais propício. Não podemos deixar que ela se erga e nos separe, antes, porém, lancemos nossos ataques contra ela. As armas da nossa milícia não são terrenas, mas espirituais. Nossa igreja e nossa família se tornarão indestrutíveis quando o coração de um membro estiver voltado para o outro, quando aprendermos que as coisas não se resolvem com disputas, com fugas nem com ataques às lideranças, criando facções, mas a partir do diálogo e do perdão. Quando atingirmos este alvo teremos demolido nossas “Torres de Babel”. Lancemos mãos às armas e tomemos o propósito de defender nossas famílias, colocando-as no altar do Senhor. Altar é lugar de sacrifício! Saibamos, porém, que todo sacrifício tem seu preço, mas, nada que supere o valor que devemos atribuir às nossas famílias!
Que o Senhor nos ajude!
Pr. Antônio Luiz de F.
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