Por muitos séculos o mundo não cristão e até mesmo a Igreja cristã tiveram dificuldades de explicar o mistério do Natal, ou seja, o mistério que envolve a encarnação de Deus em Jesus, que se fez feto na barriga de Maria, criança dependente dos cuidados e proteção da família e homem que morreu cruel e injustamente assassinado na cruz.
Influenciada pela filosofia grega, uma grande parcela do mundo daquela época em que Jesus nasceu acreditava que o mundo humano, histórico e material (esse mundo onde vivemos!) era uma espécie de purgatório, para onde algumas almas eram condenadas a vir e aqui serem provadas, até serem “remidas” (salvas). Essa salvação acontecia depois de sucessivas reencarnações até que a alma (a pessoa) em questão tivesse alcançado um grau de sabedoria tamanho que pudesse voltar ao mundo perfeito das idéias (qualquer semelhança com o espiritismo kardecista não é mera coincidência!). O mundo me que vivemos era mal, lugar de sofrimento, de provação... uma prisão para a alma!
Como pode um Deus onipotente e onipresente se tornar um feto e caber dentro da pequenez e fragilidade de um corpo hu-mano? Como pode um ser tão transcendente tornar-se depen-dente do amor familiar para poder nascer e sobreviver? Como um oceano poderia caber num balde?
Para muitos – gente de dentro e de fora da Igreja! – a encar-nação era um grande absurdo, pois um Deus soberano que se humilhava assim não merecia ser temido e adorado! Diante des-ses questionamentos alguns cristãos caíram na cilada de tornar o mistério mais palatável, compreensível e aceito e o reduziram a explicações que foram consideradas heréticas pela igreja: Jesus não era Deus, havia sido adotado na hora do seu batismo por Deus para ser o seu Filho. Ou: Jesus não era Deus, foi a primeira criatura criada por Deus.
Para muitos – gente de dentro e de fora da Igreja! – a encar-nação era um grande absurdo, pois um Deus soberano que se humilhava assim não merecia ser temido e adorado! Diante des-ses questionamentos alguns cristãos caíram na cilada de tornar o mistério mais palatável, compreensível e aceito e o reduziram a explicações que foram consideradas heréticas pela igreja: Jesus não era Deus, havia sido adotado na hora do seu batismo por Deus para ser o seu Filho. Ou: Jesus não era Deus, foi a primeira criatura criada por Deus.
Coube aos Evangelhos afirmarem a verdade: Jesus era Deus desde o princípio (cf. Jo 1:1-14), que por amor (Jo 3:16) veio ao nosso encontro para nos ensinar a viver bem (Jo 10:10).
Assim como a redenção oferecida por Jesus nos faz “nascer de novo” e nos torna em novos homens e novas mulheres, a redenção divina também transforma o velho mundo numa nova terra e num novo Céu (Is 65:17-25). A presença de Deus em algum momento, nós cremos, reencherá a terra da sua Glória. Jesus traz as primícias (primeiros frutos) desse Reino, desse momento novo. Jesus fez-se homem para que os demais homens e mulheres pudessem ver Deus. Ele veio ao nosso encontro para nos oferecer sua Palavra, seu exemplo, seu amor e sua própria vida para que nós pudéssemos ter vida abundante, vida eterna, reconciliados uns com os outros e reconciliados com Deus.
Assim como a redenção oferecida por Jesus nos faz “nascer de novo” e nos torna em novos homens e novas mulheres, a redenção divina também transforma o velho mundo numa nova terra e num novo Céu (Is 65:17-25). A presença de Deus em algum momento, nós cremos, reencherá a terra da sua Glória. Jesus traz as primícias (primeiros frutos) desse Reino, desse momento novo. Jesus fez-se homem para que os demais homens e mulheres pudessem ver Deus. Ele veio ao nosso encontro para nos oferecer sua Palavra, seu exemplo, seu amor e sua própria vida para que nós pudéssemos ter vida abundante, vida eterna, reconciliados uns com os outros e reconciliados com Deus.
Segundo Fp 2:5-11, Deus esvaziou-se de sua Glória (humilhou-se) e fez-se carne (gente), mostrando que o mundo não é purgatório, mas o “palco” da redenção, lugar da ação salvadora de Deus, lugar profético onde vida, paz, justiça e salvação vencerão as forças da morte e do mal. Parte integrante do Reino de Deus (cf. Rm 8:18-25) e de onde o diabo e seus anjos serão lançados fora para dentro do poço de enxofre cujo fogo não se apaga nunca (Ap 19:19-21; Ap Ap 20:14). E a cerca e o portão do velho Éden vigiados por querubins (cf. Gn 3:23-24) cairão por terra e a Glória de Deus será derramada e alcançará toda a terra. E Jesus é o "sinal" mais latente e poderoso dessa derrubada: é o véu que se rasga, é o lugar do templo chamado Santo dos Santos que transborda e invade a nave do templo onde fica a congregação e começa a transbordar pelos átrios e pátios, pelas circunvizinhanças, por Jerusalém, Judéia, Samaria e os confins do mundo... É a santidade de Deus que santifica e santificará o mundo que agora vive parcialmente em trevas. É em caráter cósmico o que é descrito na relação conjugal e familiar em 1Co7:14. A terra não será o Céu, mas a terra e o mundo limpo pela palavra de Deus (Jo 15:3) será parte do Céu.
Portanto, não nos esqueçamos do centro do Natal: um Deus amoroso e salvador que vem ao nosso encontro para nos salvar.
Portanto, não nos esqueçamos do centro do Natal: um Deus amoroso e salvador que vem ao nosso encontro para nos salvar.
Não nos esqueçamos do mistério do Natal: um Deus tão grandioso surpreendeu a todos (inclusive à ciência, à cultura, à teologia) e de modo misterioso foi gestado pelo Espírito Santo no ventre de Maria e tornou-se um de nós.
Não nos esqueçamos do significado do Natal: um Deus que por amor a nós faz o possível e o impossível, que opera sinais e milagres, que move céus e terra para poder nos salvar. O Natal cristão é o milagre de um Deus que ama.
Aleluia!