Por Pr. Antônio Luiz de Freitas Junior
Petrópolis, 29 de Junho
de 2012
"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloé, que há contendas entre vós" (1Co 1.10-11).
Por esses dias andei pensando sobre a capacidade de fazer
perguntas. Confrontei com dados sobre a capacidade de edificar coisas. Percebi que
desde pequenos, na ansiedade de descobrir, somos já impulsionados a perguntar.
A Amanda, minha filha de 3 anos, confesso, sabe fazer perguntas tão bem
elaboradas quanto embaraçosas para quem deve responder; muitas delas sobre
questões cruciais da vida – nada de bobagens; poucas na verdade [Risos].
Entendi então que sem perguntas não há descobertas, ok! Mas
entendi também, e aqui coloco a tônica, que num determinado momento é
fundamental você começar à dar respostas; só assim serás capaz de edificar algo
concreto não sobre “areias”, mas sobre a rocha – isso a Amanda ainda não saberia
fazer sem ajuda. Um indivíduo movido à perguntas, cuja vida é um eterno ponto
de interrogação, é uma pessoa vazia, e por isso amarga e frustrada. Suas
realizações são concretas, mas estão fincadas sobre bases que se apoiam em
areia.
Que me perdoe a boa filosofia, nada contra – Gosto! Até
porque sei que filosofar não é só fazer perguntas. Que me perdoem os que estão
em eterna construção, “em busca de sabedoria”, nada contra – não alcancei tudo
também, sou eterno aluno do Mestre; e sei que fazer perguntas não é a única
maneira de alcançar a sabedoria. Mas agora, tomo a liberdade de dirigir-me aos cristãos
da comunhão da Igreja [pessoas]. Principalmente os que estão na Igreja [pessoas]
na expectativa de ver a face do Pai.
Vamos partir da premissa: Pessoas normais fazem perguntas;
pessoas que fazem a diferença constroem coisas concretas sobre bases
permanentes.
Vai chegar uma hora, na qual você precisará também dar
respostas. Não responder à questionários bem elaborados numa sala de
universidade, ou nas suas crises dentro do seu quarto. Eu já vivi e sobrevivi à
isso [Risos] – questões sem respostas que nos intertem por um bocado de tempo;
nos anestesiam insinuando que vamos alcançar algo profundo demais fazendo boas perguntas.
Ai surge o que eu resolvi chamar de “surto
moderno” - O problema é que muitas vezes o orgulho que temos de sabermos fazer
boas perguntas nos cega com relação à necessidade real que temos de pregar o
Evangelho e fazer discípulos: à tempo e fora de tempo.
E que o Senhor nos ajude!
Amém.