Texto Base: Sl 63.1-4
Por Pastor Antônio
Luiz de Freitas Junior
Petrópolis, 30 de Agosto de 2012
Nesse capítulo, do “Livro dos
Salmos”, a experiência do homem com um Deus real e presente transmite-nos
realidades impactantes; deveria servir como princípio espiritual de caminhada
para cada um de nós (Cf.: Gl 5.25).
Primeiro o salmista declara (v.1) “Ó Deus, tu és o meu Deus forte”. Satanás e seus demônios são incansáveis para
disseminar e implantar na Igreja de Cristo, a visão de um Deus raquítico e
debilitado, que sofre de inanição; um Deus distante do seu povo! Esse não é o
Deus Forte cuja bandeira levantou o salmista. Ao participarmos das aflições citadas
por Cristo (Jo 16.33), se não ajustarmos nossa visão e foco, passamos a adorar um
“deus diminuído”, acreditando que Ele não responde à nossa adoração; tão distante
que não me ouve, tão fraco que nada pode. Cultivar uma visão diminuidora acerca
de Deus - Essa pode ser a batalha da sua mente (Cf.: Tg. 4.1); e isso acaba por
te motivar a buscar em “coisas” e não no Deus da vida a resposta para sua
história.
Lute contra essa atrofia espiritual: Enxergue Deus
no tamanho que Ele é! Se o seu Deus é grande e forte, creia que grandes coisas
Ele fará! A nossa experiência diária com um Deus que é forte modifica nossa
perspectiva de vida e até mesmo nossa visão de mundo. Somos filhos/as desse
Deus, também herdeiros d’Ele e com Ele, então nossos sonhos serão expectativas
reais de excelência.
Por fim; ainda no primeiro versículo.
Surge uma revelação do salmista, como um estrondo nos nossos ouvidos, membros
da Igreja do século XXI; observe as palavras: “como terra árida, exausta e sem
água”. Há alguns princípios espirituais que culmina no “não fruto”. Não
é só a esterilidade, há outro tão desafiador quanto esse primeiro: o princípio da
“exaustão da terra”. Notem que a luta do salmista é contra esse último.
A terra se esgota, quando você se
esgota; quando não há uma correta administração do tempo, de energia vital e de
recursos. O mal do século: o ganhar desenfreado para acumular é o lema! O oposto
do discipulado ensinado por Jesus. Você não cuida das propriedades minerais da
terra para que haja bom fruto; nem contabiliza a possibilidade de colheita;
tudo é arrancado de tudo? Atenção, pois esse é o parto moderno dos homens e mulheres
“esgotados/as”! Pessoas que estão preocupadas somente com a colheita, como princípio
de funcionalidade, utilização e produção; permite que também lhes seja tirado o
máximo de energia até que se esgotem todos os recursos. Não podemos nos
esquecer de um processo completo até que haja colheita (Cf.: Sl. 126.6). Se não
houve planejamento para a terra e para o plantio; se não há estudo da semente, do
fruto e da colheita; para esses/as não haverá uma próxima sega.
Concluindo. Talvez você nunca
tenha sido espiritualmente estéril, mas sua terra está exaurida de recursos
para a frutificação. Para lutar contra essa exaustão e escassez de recursos o
salmista busca incessantemente o Deus que é manancial de águas (Cf.: Jr. 2.13);
n’Ele espera e deposita suas
expectativas(Cf.: Is 40.31). É aqui que o Deus forte vem e renova nele o
cântico nos lábios. Entregue-se como o salmista, alma e corpo fundidos na busca
pelos rios mais profundos do Espírito (v.2).
Pense nisso, o Senhor quer aprofundar suas raízes (Sl. 1.3), trabalhar novas
propriedades em sua terra e a saúde da árvore; é assim que experimentamos com
os olhos abertos a força e a glória de Deus no fruto do nosso trabalho (Cf.:
Is. 53.11).