quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Deus forte e a terra exausta


Texto Base: Sl 63.1-4
Por Pastor Antônio Luiz de Freitas Junior
Petrópolis, 30 de Agosto de 2012

Nesse capítulo, do “Livro dos Salmos”, a experiência do homem com um Deus real e presente transmite-nos realidades impactantes; deveria servir como princípio espiritual de caminhada para cada um de nós (Cf.: Gl 5.25).

Primeiro o salmista declara (v.1) “Ó Deus, tu és o meu Deus forte”.  Satanás e seus demônios são incansáveis para disseminar e implantar na Igreja de Cristo, a visão de um Deus raquítico e debilitado, que sofre de inanição; um Deus distante do seu povo! Esse não é o Deus Forte cuja bandeira levantou o salmista. Ao participarmos das aflições citadas por Cristo (Jo 16.33), se não ajustarmos nossa visão e foco, passamos a adorar um “deus diminuído”, acreditando que Ele não responde à nossa adoração; tão distante que não me ouve, tão fraco que nada pode. Cultivar uma visão diminuidora acerca de Deus - Essa pode ser a batalha da sua mente (Cf.: Tg. 4.1); e isso acaba por te motivar a buscar em “coisas” e não no Deus da vida a resposta para sua história.

 Lute contra essa atrofia espiritual: Enxergue Deus no tamanho que Ele é! Se o seu Deus é grande e forte, creia que grandes coisas Ele fará! A nossa experiência diária com um Deus que é forte modifica nossa perspectiva de vida e até mesmo nossa visão de mundo. Somos filhos/as desse Deus, também herdeiros d’Ele e com Ele, então nossos sonhos serão expectativas reais de excelência.

Por fim; ainda no primeiro versículo. Surge uma revelação do salmista, como um estrondo nos nossos ouvidos, membros da Igreja do século XXI; observe as palavras: “como terra árida, exausta e sem água”. Há alguns princípios espirituais que culmina no “não fruto”. Não é só a esterilidade, há outro tão desafiador quanto esse primeiro: o princípio da “exaustão da terra”. Notem que a luta do salmista é contra esse último.

A terra se esgota, quando você se esgota; quando não há uma correta administração do tempo, de energia vital e de recursos. O mal do século: o ganhar desenfreado para acumular é o lema! O oposto do discipulado ensinado por Jesus. Você não cuida das propriedades minerais da terra para que haja bom fruto; nem contabiliza a possibilidade de colheita; tudo é arrancado de tudo? Atenção, pois esse é o parto moderno dos homens e mulheres “esgotados/as”! Pessoas que estão preocupadas somente com a colheita, como princípio de funcionalidade, utilização e produção; permite que também lhes seja tirado o máximo de energia até que se esgotem todos os recursos. Não podemos nos esquecer de um processo completo até que haja colheita (Cf.: Sl. 126.6). Se não houve planejamento para a terra e para o plantio; se não há estudo da semente, do fruto e da colheita; para esses/as não haverá uma próxima sega.

Concluindo. Talvez você nunca tenha sido espiritualmente estéril, mas sua terra está exaurida de recursos para a frutificação. Para lutar contra essa exaustão e escassez de recursos o salmista busca incessantemente o Deus que é manancial de águas (Cf.: Jr. 2.13); n’Ele espera  e deposita suas expectativas(Cf.: Is 40.31). É aqui que o Deus forte vem e renova nele o cântico nos lábios. Entregue-se como o salmista, alma e corpo fundidos na busca pelos rios mais profundos do Espírito (v.2). Pense nisso, o Senhor quer aprofundar suas raízes (Sl. 1.3), trabalhar novas propriedades em sua terra e a saúde da árvore; é assim que experimentamos com os olhos abertos a força e a glória de Deus no fruto do nosso trabalho (Cf.: Is. 53.11).