quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O grito da poesia há tempos engasgada ...

Elevo-me a Ti Senhor; ou Tu me elevas a Ti, e deixo-me ser vistoriado, revisado e restaurado. O Senhor que sempre me visitas nas minhas tantas cavernas, meus tantos esconderijos, para me recuperar: atrai-me mais uma vez! E outra ... e outra! Até que eu aprenda.

Hoje estou aqui à Tua disposição e não tenho vontade que seja diferente; o clima é propício, a atmosfera é real, algo está acontecendo além dos meus limites; quero ser mexido, refeito ... refinado! Será nisso consistir o valor de um homem?

Sou tão dependente! Hoje reconheço tua voz, toque; sei quando estás mais perto, tão perto às vezes que me falta o equilíbrio exigido pelas testemunhas. Quão profundo És, e teu amor quão infinito. Escolheste-me a mim, logo eu, quão pequeno sou. No entanto aceito teu chamado, e ser constrangido pelo teu amor; o maior de todos os desafios, o de carregar a cruz que é minha.

Vem comigo eu confesso meus medos, esteja aqui eu confesso temer o que pode acontecer, não se distancie seja o "Deus de perto" - Vem comigo, sou tua Igreja também, faço parte dela; se eu não sentir a verdade da Tua aproximação sabe que submergirei.

Tu és o Deus da minha salvação; Pai e Amigo, deste-me uma família, e ao coral das vozes que Te louvam arrebataste-me os ouvidos; ouço Teus conselhos, aquieto-me em Teu abraço, no calor da consolação do Consolador em pura essência pego no sono.

Durmo, arrebatado, como a criança que em tenra idade se entrega e confia unicamente aos cuidados da mãee habilidades do pai, à espera do amanhecer onde o Senhor fará, por mim, novas todas as coisas.