quarta-feira, 24 de junho de 2009

PROS INFERNOS com as máquinas ...

Hoje, depois de muito tempo, eu peguei num lápis para escrever qualquer coisa que me leve para longe da tela do computador. Na tela de um computador eu me envolvo, me prendo, e quando me apercebo ... perdido ... em profundo ÊXTASE VIRTUAL ... vejo que aos poucos fui desfalecendo. A vida foi ficando ... ficando. As amizades ficaram frias; mas hoje é mais coletivo? eu diria que sim, mas um coletivismo solitário - cadê todo mundo? SUMIU ! Sumiu todo mundo daqui da rua, daqui do café.

O tempo passa e os sonhos ficam ali, no quadrado do monitor, nos quadrados de cada uma das teclas, na 'CPU' - sou apêndice de máquina, sendo enquadrado.

Com o lápis eu me liberto. A imaginação me leva para longe ... posso até pintar sentindo o peso do punho, e as articulações do braço ... braço que abraçou ... braço que ninou. O cérebro grita: LIBERDADE !! Aí então ... pintei crianças na rua, crianças inocentes jogando bola e andando de bicicleta ... brincando de polícia e ladrão .. "nossa quanta gritaria" ... CRIANÇAS, belas ... encantadoras crianças. Pintei as favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo, com mais cores, o preto junto com o branco, o branco junto com o preto, o branco-preto e o preto-branco, ambos uma só pessoa, um só ser.

Sobre as cidades ... nessas eu pintei mais amor, menos máquinas, menos carros nas ruas nos apertando nas calçadas, no meio da rua colori as crianças, e os carros pendurei cada um deles nas estrelas do céu, bem alto, mais longe ... para sobrar mais espaço: NÃO !! ELES NÃO VÃO CAIR de volta!!

Puxa vida .... acabei quebrando a ponta do lápis ... isso não é o mesmo que estar desconectado da internete, mesmo assim vou parando por aqui, vou apontar sim, e começar tudo mais uma vez. E escrever mais de "próprio punho", assinar com o dedão cheio de tinta, amar mais, ser mais doação, menos extensão de máquina. Quero ser mais calor ... mais livre dos tantos e-mail's rotineiros ... quero ser mais corpo, mais eu - GENTE - que computador.

Com o que me resta de chama ... de ponta ... do lápis ... vou apontar - para começar de novo; mas antes .. PROS INFERNOS COM AS MÁQUINAS!!!