“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Coríntios 11.19 (RC)
Observa-se em cada marola espiritual pessoas, líderes e igrejas que passam a ter uma visão mais profunda do diabo e seu reino, do que de Deus e seu Reino. Assim passam a ver o demônio na cruz do altar, em fachadas de templos, cortinas, genuflexório e até em carpetes. E a ordem, sempre acompanhada de muito “afundamento” bíblico, é destruir o inimigo escondido nesses objetos e lugares.
Examinando os fatos e as pessoas que conheço envolvidas nessas marolas espirituais, vejo um superficialismo, uma mediocridade e uma falta de teologia da graça que constrange e incomoda. Muitos sobem na prancha do oportunimismo e do puxa-saquismo sem saber o tamanho da marola espiritual e sem medir um milímetro das conseqüências.
Como pastor Metodista causa-me preocupação quando vejo um presbítero em quem a Igreja investiu tanto em sua preparação, não saber pregar a palavra em condições básicas de homilética. E por não saber lança mão de frases prontas e frases de efeitos, todas aprendidas nas madrugadas com pregadores televisivos de duvidosas reputações.
Finalmente, aquieta-me sobremaneira, quando recordo que a nossa amada Igreja Metodista tem por tradição histórica a seu favor, a capacidade de enfrentar não só marolas espirituais, mas também tempestades de heresias. A Igreja Metodista é uma igreja de comunhão e convivência prezando seus princípios doutrinários firmados na Palavra de Deus. Por isso sigo alegre servindo ao nosso Senhor certo de que a Igreja é dEle...
Texto escrito, e autorizada pupblicação, pelo Rev. Gilmar C. Rampinelli, pastor da Igreja Metodista Central de São João Nepocumeno/MG.
Texto disponível também em http://www.metodistacentral.org/index.php?option=com_content&view=article&id=59:marolas-espirituais&catid=2:reflexoes&Itemid=14