sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

As Cinzas Dele Clamam Contra João Calvino


Dan Corner
Todas as referências estão listadas no final deste artigo.

Você está por ler uma importante parte da História da Igreja do período da Reforma que foi escondida em nossos dias e que muito poucas pessoas estão ciente dos fatos. Prepare-se para um choque.
Em 27 de outubro de 1553, João Calvino, o fundador do Calvinismo, teve a Miguel Servet (ou Michael Servetus em latin), o médico espanhol, queimado em uma estaca nas redondezas de Genebra por suas heresias doutrinárias! (1). Portanto, o criador da doutrina popular “uma vez salvo, salvo para sempre” (conhecida também em alguns círculos como “perseverança dos santos” ou “segurança eterna”) violou o clamor da Reforma – “Sola Scriptura” – ao matar um herético sem justificativa bíblica. Este evento foi algo que Calvino já havia planejado muito tempo antes de Servet ser capturado, pois Calvino escreveu a seu amigo Farel, em 13 de fevereiro de 1546 (sete anos antes de Servet ser preso) e foi arquivado como dizendo:

“Se ele [Servet] vier [à Genebra], eu nunca o deixarei escapar vivo se a minha autoridade tiver peso.” (2)
Evidentemente, naqueles dias a autoridade de Calvino em Genebra, Suíça tinha “peso” absoluto. Por isso é que alguns se referiam a Genebra como a “Roma do Protestantismo” (3) e a Calvino como o “'Papa' Protestante de Genebra.” (4)

Durante o julgamento de Servet, Calvino escreveu:
“Eu espero que o veredicto seja pena de morte.” (5)
Tudo isso revela um lado de João Calvino que não é bem conhecido nem muito atraente, no mínimo!

Ficou óbvio que ele tinha ódio mortal armazenado em seu coração e estava disposto a violar a Bíblia para causar uma nova morte e da forma mais cruel. Apesar de Calvino ter consentido com o pedido de Miguel Servet de ser decapitado, ele acabou aceitando o modo de execução empregado.

Porém, por que Calvino tinha o desejo de matar Servet?
“Para resgatar Servet de suas heresias, Calvino respondeu com a última edição de suas ‘Institutas da Religião Cristã’, as quais Servet prontamente retornou com comentários insultantes. Apesar dos apelos de Servet, Calvino, que havia desenvolvido um intenso desagrado por Servet durante sua troca de correspondências, recusou-se a retornar qualquer dos materiais incriminatórios.” (6)

“Condenado por heresia pelas autoridades católicas, Servet escapou da pena de morte fugindo da prisão. No caminho para a Itália, Servet inexplicavelmente parou em Genebra, onde foi denunciado por Calvino e os Reformadores. Ele foi pego no dia depois de sua chegada, condenado como herético quando se recusou a se retratar e, queimado em 1553 com a aparente tácita aprovação de Calvino.” (7)

“No curso de sua fuga para Viena, Servet parou em Genebra e cometeu o erro de assistir um sermão de Calvino. Ele foi reconhecido e preso depois do culto.” (8)

“Calvino teve ele [Servet] preso como herético. Condenado e queimado até a morte.” (9)
Entre o período em que Servet foi preso em 14 de agosto até sua condenação, Servet passou os seus dias restantes:
“ … em um atroz calabouço sem luz ou aquecimento, pouca comida e sem facilidades sanitárias.” (10)
Seja observado que os Calvinistas de Genebra colocaram madeiras semiverdes em torno dos pés de Servet e uma coroa de enxofre em sua cabeça. Levou em torno de trinta minutos até que sua agonia terminasse em tal fogo, com o povo de Genebra em pé em volta para assistir ele sofrendo e morrendo lentamente! Logo antes disso acontecer, os arquivos mostram:

“Farel caminhou ao lado do homem condenado e manteve uma constante enxurrada de palavras, em completa insensibilidade ao que Servet pudesse estar sentindo. Tudo que ele tinha em mente era extorquir do prisioneiro um reconhecimento de seu erro teológico – um chocante exemplo de uma desalmada cura de almas. Depois de alguns minutos disso, Servet cessou de responder e orou silenciosamente para si mesmo. Quando eles chegaram ao local de execução, Farel anunciou a multidão que assistia: ‘Aqui você vê o poder que Satanás possui quando ele tem um homem em seu poder. Este homem é um distinto estudioso e ele no entanto acreditava que estava agindo corretamente. Mas agora Satanás o possui completamente, como ele poderia possuir você, cairia então você em suas armadilhas.’
Quando o executor começou o seu trabalho, Servet sussurrou com voz trêmula: ‘Oh Deus, Oh Deus!’ O opositor Farel vociferou para ele : ‘Você não tem nada mais a dizer?’ Neste momento Servet respondeu para ele: ‘O que mais eu posso fazer, mas falar com Deus!’ Logo após isso, ele foi suspenso até a fogueira e amarrado as estacas. Uma coroa com enxofre foi colocada em sua cabeça. Quando as fagulhas foram acesas, um lancinante grito de horror brotou dele.
‘Misericórdia, misericórdia!’ ele clamou. Por mais de meia hora a horrível agonia continuou, porque a fogueira havia sido feita com madeira semiverde, que queima lentamente. ‘Jesus, Filho do eterno Deus, tenha misericórdia de mim,’ o homem atormentado clamava do meio das chamas ...” (11)
Apesar de que essencialmente tenhamos o mesmo acontecimento na conversão do ladrão arrependido (Lc 23:42;43 cf. Lc 18:13) além da escritura que diz, “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Atos 2:21, Rom 10:13), Farel ainda considerava Servet um homem não salvo no fim da vida dele:

“Farel observou que Servet poderia ter sido salvo trocando a posição do adjetivo e confessando Cristo como o Eterno Filho em vez de Filho do Eterno Deus.” (12)
“Calvino havia então matado seu inimigo e não há nada que sugira que ele jamais tenha se arrependido deste crime. No ano seguinte ele publicou a defesa na qual mais insultos foram acrescentados a seu antigo adversário num linguajar dos mais vingativos e severos.” (13)
Assim como os católicos em 1415 queimaram João Hus (14) na estaca por razões doutrinárias, João Calvino, semelhantemente, teve Miguel Servet queimado na estaca. Mas será que doutrina era a única questão? Poderia haver outra razão, uma política?
“Como um ‘herege obstinado’ ele teve suas propriedades confiscadas sem dificuldades. Ele foi maltratado na prisão. É compreensível, portanto, que Servet tenha sido rude e insultante em sua confrontação com Calvino. Infelizmente para ele naquele momento Calvino estava lutando para manter o seu poder decadente em Genebra. Os oponentes de Calvino usaram Servet como um pretexto para atacar o governo teocrático reformista de Genebra. Tornou-se uma questão de prestígio – sempre um ponto delicado de qualquer regime ditatorial – para Calvino afirmar seu poder neste sentido. Ele se viu forçado a estimular a condenação de Servet de todas as formas possíveis ao seu alcance.” (15)
“Bastante irônico é que a execução de Servet não tenha realmente ajudado a fortalecer a Reforma de Genebra. Pelo contrário, como Fritz Barth apontou, isso ‘comprometeu gravemente o Calvinismo e colocou nas mãos dos católicos, a quem Calvino queria demonstrar sua ortodoxia cristão, a melhor arma para a perseguição dos Huguenotes, que não passavam de heréticos a seus olhos.’ O procedimento contra Servet serviu como modelo de um julgamento protestante herético ... não se diferenciou em nenhum sentido dos métodos da Inquisição medieval ... A Reforma vitoriosa, também, não foi capaz de resistir a tentação do poder.” (16)
Será que é possível um homem assim como João Calvino ter sido um “grande teólogo” e ao mesmo tempo ter agido desta forma repreensível e depois de tudo não demonstrar nenhum remorso? Caro leitor, você tem um coração que poderia, assim como o de João Calvino, queimar outra pessoa em uma estaca?
Vamos ilustrar isso de outra forma. Suponha que um homem da sua congregação com reputação de ser um líder espiritual capturasse o cachorro do seu vizinho, amarrasse ele a uma estaca, então usasse uma pequena quantidade de gravetos verdes para lentamente queimar o cachorro até a morte. O que você pensaria de tal pessoa, especialmente se depois de tudo isso ele não demonstrasse nenhum remorso? Você utilizaria ele para interpretar a Bíblia para você? Para tornar isso ainda pior para João Calvino, uma pessoa, diferentemente de um cachorro, foi criada a imagem e semelhança de Deus! Goste ou não, nós apenas podemos concluir dessa evidência que o coração de João Calvino estava em trevas e não iluminado, como resultado de seu ódio mortal por Servet. Na melhor das hipóteses, Calvino estava espiritualmente cego por seu ódio e portanto, espiritualmente impedido de distinguir com clareza a palavra da verdade. (17) Na pior das hipóteses, que aparentemente era o caso, o próprio João Calvino era não salvo, de acordo com as escrituras:
“Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.” (Apo 21:8)
E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade (Jo 2:3;4)
Todo o que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. (I Jo 3:15)
O grego adiciona uma importante palavra a I Jo 3:15 que é às vezes omitida nas traduções em inglês. Esta palavra é “continuando” ou “permanecendo” (conforme nesta versão em português) que afirma que assassinos não tem vida eterna permanecendo neles.
Caro leitor, uma vez que assassinos são não salvos e João Calvino era um assassino, então Calvino era não salvo! Ainda mais, já que os não salvos estão obscurecidos em seu entendimento espiritual (Ef 4:18) e Calvino era não salvo, baseando-se nas escrituras, então Calvino era obscurecido em seu entendimento espiritual.
Jesus disse que nós “conhecemos” as pessoas por seus frutos (Mt 12:33) – quer seja João Calvino ou outra pessoa qualquer! Igualmente o apóstolo João escreveu:
“Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão.” (I Jo 3:10)
Por acaso você acha que Calvino praticou “justiça” com relação a Servet? Caso negativo, então isso não o qualifica como um “filho do diabo”, de acordo com este versículo e outros já citados? Apesar de que alguns irão bradar e bufar quanto esta conclusão, será que poderíamos biblicamente chegar a qualquer outra?
Nenhuma outra evidência é necessária para objetivamente determinarmos a condição espiritual de Calvino. Entretanto, dois outros homens podem ser brevemente mencionados:
“Há outros dois famosos episódios relativos a Jaques Gruet e Jerome Bolsec. Gruet, a quem Calvino considerava um libertino, escreveu cartas críticas do Consistório e ainda mais sério, petições aos reis católicos da França para intervirem nas questões políticas e religiosas de Genebra. Com a colaboração de Calvino ele foi decapitado por traição. Bolsec publicamente desafiou os ensinamentos de Calvino sobre predestinação, uma doutrina que Bolsec, juntamente com muitos outros, achavam ser moralmente repugnante. Banido da cidade em 1551, ele se vingou em 1577 publicando uma biografia de Calvino que o acusava de avareza, conduta imprópria na administração das finanças e aberração sexual.” (18)
Como Lidar com um Herético?
Como se deve lidar com um herético ou falso mestre, digo, se alguém desejar seguir às diretrizes bíblicas? Paulo escreveu a Tito e tocou exatamente nessa questão, que primeiramente começou com o assunto da qualificação para o diaconato na igreja:
“retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos insubordinados, faladores vãos, e enganadores, especialmente os da circuncisão, aos quais é preciso tapar a boca; porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.” (Titus 1:9-11)
Claramente, portanto, um falso mestre deve ser “calado”, mas não matando-o, como o fundador do Calvinismo fez, mas por refutá-lo com as Escrituras. Este é o verdadeiro método cristão.
Se o exemplo de Calvino é o padrão, então, a próxima vez que um Testemunha de Jeová ou missionário Mórmon bater a sua porta, nós devemos então fisicamente dominá-lo, amarrá-lo a uma estaca e fazer tochas humanas com eles. Você consegue imaginar um cristão professo fazendo isso? Muito menos um reputado teólogo. Caso fosse feito, você se sentiria forçado a crer que tal pessoa era realmente salva e a aderir a suas peculiares características doutrinárias?

Da mesma forma, falsos mestres devem ser abertamente citados, como Paulo abertamente citou Himeneu e Fileto, que perverteram a fé de alguns dos cristãos que Paulo conhecia:
“e as suas palavras alastrarão como gangrena; entre os quais estão Himeneu e Fileto, que se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição é já passada, e assim pervertem a fé a alguns.” (II Tim 2:17;18)
Isto também é um importante preventivo contra o veneno espiritual de um falso mestre.
Por que Calvino violou drasticamente essas diretrizes bíblicas? Uma vez que as diretrizes de Paulo, inspiradas pelo Espírito Santo, (e o exemplo dele) quanto a como lidar com um herético foram diametralmente opostas por Calvino, seria seguro assumir que Calvino era governado por um espírito diferente do que Paulo? Ainda mais, por que será que estes fatos sobre a vida de João Calvino são raramente mencionados em nossos dias? A resposta para esta pergunta é obvia. Eles são tanto embaraçosos quanto são uma refutação aos calvinistas que orgulhosamente referem-se a si mesmos pelo nome dele! Uma vez que eles são a maioria evangélica (nos Estados Unidos) e é o poder e influencia deles que tem o maior peso quanto ao que é disseminado através dos Estados Unidos e mesmo do mundo, esta informação acerca de seu fundador é raramente, se é que jamais, ouvida. Muitas pessoas estão somente agora aprendendo sobre os chocantes fatos acerca do fundador do Calvinismo enquanto lêem estes pela primeira vez!
“Nenhum evento tem maior influencia no julgamento histórico de Calvino que o papel exercido na captura e execução do medico espanhol e teólogo amador Miguel Servet em 1553. Este evento ofuscou todas as outras coisas que Calvino realizou e continua embaraçando os seus modernos admiradores.” (19)
Três importantes perguntas permanecem: (1) É possível biblicamente justificar a João Calvino por matar a Miguel Servet? (2) Por acaso ódio mortal, segundo a Bíblia, deixa alguém espiritualmente incapaz de interpretar com clareza as escrituras? (3) Por acaso um assassino é salvo, de acordo com Apo 21:8?
Todas essas respostas têm implicação na credibilidade da popular doutrina de Calvino “perseverança dos santos”, entre outras. Infelizmente, a versão de Calvino sobre Cristianismo é a prevalecente nos Estados Unidos; mas por acaso esta visão é bíblica? Responder afirmativamente é dizer que a dupla predestinação de Calvino é verdadeira, ou seja, alguns são predestinados para o Céu e outros são predestinados para o Inferno, sem livre arbítrio da parte deles! Isso violaria muitas passagens bíblicas, especialmente II Ped 3:9:
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.”
Ainda mais, os ensinamentos de Calvino declaram que a obra de Jesus na cruz NÃO foi infinita, porque de acordo este ensinamento, Ele não derramou o Seu sangue por todas as pessoas, mas somente pelos eleitos – aqueles predestinados à salvação. Isto é claramente refutado por I Jo 2:2:
“E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”

Da mesma forma, a sua doutrina “perseverança dos santos” afirma que o poder de Deus manterá uma pessoa verdadeiramente salva em segurança, apesar de graves pecados cometidos depois da regeneração e/ou heresias doutrinárias que possam ser abraçadas, portanto violando muitos exemplos bíblicos e advertências que provam o oposto!

Deve ter ficado evidente a partir disso que, desde o fundador até hoje, a doutrina da “perseverança dos santos” (mais comumente conhecida como “uma vez salvo, salvo para sempre”) tem sido freqüentemente usada como uma “licença para a imoralidade” ensinada debaixo da bandeira da graça. Veja também Judas 3;4. Assim como a própria teologia de Calvino permitiu as suas ações contra Servet, muitos em nossos dias são sexualmente imorais, mentirosos, bêbados, avarentos, etc., enquanto professam que são salvos. Isso é uma ramificação da mensagem da graça pervertida de Calvino – um ensinamento que se espalhou como gangrena de um homem que poderia abertamente queimar outro até a morte e viver mais 10 anos e sete meses, sem jamais publicamente se arrepender de seu crime.

“As cinzas de Servet clamarão contra ele a medida que os nomes desses dois homens ficarem conhecidos pelo mundo.” (21)

Notas Finais
1. "Apenas por duas coisas, significativamente, Servet foi condenado – nomeando-se, Anti-trinitarianismo e Anti-pedobatismo (contra o batismo infantil)" Roland H. Bainton, Hunted Heretic (The Beacon Press, 1953), p. 207. [Comentário: Enquanto que Servet estava errado quanto a Trindade, com relação ao batismo infantil, Servet disse, "Trata-se de uma invenção do diabo, um engano do inferno para a destruição de todo o Cristianismo" (Ibid., p. 186.) Muitos cristãos de nossos dias poderiam apenas dar um “Amém” de coração a esta declaração feita sobre o batismo infantil. Entretanto, é por isso, em parte, que Servet foi condenado a morte pelos Calvinistas!] (retornar)
2. Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (Baker Book House, 1950), p. 371. (retornar)
3. The Wycliffe Biographical Dictionary Of The Church (Moody Press, 1982), p. 73. (retornar)
4. Stephen Hole Fritchman, Men Of Liberty (Reissued, Kennikat Press, Inc., 1968), p. 8. (retornar)
5. Walter Nigg, The Heretics (Alfred A. Knopf, Inc., 1962), p. 328. (retornar)
6. Steven Ozment, The Age Of Reformation 1250-1550 (New Haven and London Yale University Press, 1980), p. 370. (retornar)
7. Who's Who In Church History (Fleming H. Revell Company, 1969), p. 252. (retornar)
8. The Heretics, p. 326. (retornar)
9. The Wycliffe Biographical Dictionary Of The Church, p. 366. (retornar)
10. John F. Fulton, Michael Servetus Humanist and Martyr (Herbert Reichner, 1953), p. 35. (retornar)
11. The Heretics, p. 327. (retornar)
12. Hunted Heretic, p. 214. [Comentário: Em nenhum lugar na Bíblia nós vemos este tipo de ênfase para a salvação de alguém. O ladrão que estava morrendo crucificado, o carcereiro de Filipo e Cornélio foram todos salvos através de uma mais básica fé confiante-submissa em Jesus.] (retornar)
13. Michael Servetus Humanist and Martyr, p. 36. (retornar)
14. João Hus atacou várias heresias católicas assim como a transubstanciação, a subserviência ao Papa, a crença nos santos, a eficácia da absolvição através dos padres, a obediência incondicional aos governantes terrenos e a simonia. Hus também fez das Sagradas Escrituras a única regra em matéria de religião e fé. Veja The Wycliffe Biographical Dictionary Of The Church, p. 201. (retornar)
15. The Heretics, p. 326. (retornar)
16. Ibid., pp. 328, 329. (retornar)
17. Por exemplo, em claro contraste com o significado que Jesus deu a parábola do joio e do trigo (Mat 13:24-43) onde o Senhor disse, “o campo é o mundo” (v. 38), João Calvino ensinou, “o campo é a igreja”. Veja o comentário de Calvino versículo a versículo do evangelho de Mateus. (retornar)
18. The Age of Reformation 1250-1550, pp. 368,369. O livro de Bolsec no qual ele acusa Calvino é citado como Histoire de la vie, moeurs, actes, doctrine, constance et mort de Jean Calvin ... pub. a Lyon en 1577, ed. M. Louis-Francois Chastel (Lyon, 1875). (retornar)
19. Ibid., p. 369. (retornar)
20. Agustinho de Hippo (“Santo Agustinho”), o teólogo católico, foi um proponente anterior da predestinação do qual João Calvino tirou idéias. (retornar)
21. The Heretics, p. 328. (retornar)

"A Verdadeira Salvação"


O verdadeiro plano da salvação é arrependimento diante de Deus e fé em Cristo Jesus (Atos 20:21). Nós provamos nosso arrependimento através de nossas obras (Atos 26:20). O Senhor Jesus nos ensinou que o caminho que conduz a vida é “difícil” e somente uns “poucos” o acharão (Mt 7:13;14). Muitos se salvam, mas depois vem a decair da fé. (Lucas 8:13, Jo 6:66; I Tim 1:19, etc.). Em outras palavras, depois da salvação inicial nós temos que permanecer fiéis até o “fim” para entrarmos no Reino de Deus e escaparmos do lago de fogo (Mt. 10:22, Heb 3:14, Apo 2:10;11). Vida eterna é concedida ao arrependido no momento em que este crê em Jesus para a salvação (Jo 3:16, 6:47, I Jo 5:12;13), mas há outro aspecto importante da vida eterna que muitos ignoram por completo em nossos dias devido ao falso ensino de que a pessoa “uma vez salva, salva para sempre”. De acordo com o verdadeiro ensino da graça, vida eterna é também uma ESPERANÇA (Titus 3:7), ainda a ser COLHIDA (Gal 6:8;9) no PORVIR (Mc 10:30) apenas por aqueles que PERSISTIREM EM FAZER O BEM (Rom 2:7) e NÃO DESANIMAREM NEM DESISTIREM. (Gal 6:9).

Se uma pessoa salva semear para agradar a sua natureza pecadora, ela morrerá espiritualmente (Rom 8:13; Gal 6:8;9). O filho pródigo é um claro exemplo disso (Lucas 15:24;32). O resultado final do pecado é morte espiritual, portanto NÃO SE ILUDA (Tiago 1:14-15). Para mais informações com relação ao tema segurança do crente, leia o livro de 801 páginas, The Believer's Conditional Security (em inglês), que é a mais exaustiva e completa refutação do ensino “uma vez salvo, salvo para sempre” jamais escrita. Ninguém conseguirá refutá-lo!

Fonte: Acesso dia: 05 de feverero de 2009. <http://www.evangelicaloutreach.org/calvino.htm>.

"5 pontos" centrais do pensamento de Armínio


Art. 1. Que Deus, por um eterno e imutável plano em Jesus Cristo, seu Filho, antes que fossem postos os fundamentos do mundo, determinou salvar, de entre a raça humana que tinha caído no pecado – em Cristo, por causa de Cristo e através de Cristo – aqueles que, pela graça do Santo Espírito, crerem neste seu Filho e que, pela mesma graça, perseverarem na mesma fé e obediência de fé até o fim; e, por outro lado, deixar sob o pecado e a ira os costumazes e descrentes, condenando-os como alheios a Cristo.

Art. 2. Que, em concordância com isso, Jesus Cristo, o Salvador do mundo, morreu por todos e cada um dos homens, de modo que obteve para todos, por sua morte na cruz, reconciliação e remissão dos pecados; contudo, de tal modo que ninguém é participante desta remissão senão os crentes.

Art. 3. Que o homem não possui por si mesmo graça salvadora, nem as obras de sua própria vontade, de modo que, em seu estado de apostasia e pecado, para si mesmo e por si mesmo, não pode pensar nada que seja bom – nada, a saber, que seja verdadeiramente bom, tal como a fé que salva antes de qualquer outra coisa. Mas que é necessário que, por Deus em Cristo e através de seu Santo Espírito, seja gerado de novo e renovado em entendimento, afeições e vontade e em todas as suas faculdades, para que seja capacitado a entender, pensar, querer e praticar o que é verdadeiramente bom.


Art. 4. Que esta graça de Deus é o começo, a continuação e o fim de todo o bem; de modo que nem mesmo o homem regenerado pode pensar, querer ou praticar qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação para o mal sem a graça precedente (ou preveniente) que desperta, assiste e coopera. De modo que todas as obras boas e todos os movimentos para o bem, que podem ser concebidos em pensamento, devem ser atribuídos à graça de Deus em Cristo. Mas, quanto ao modo de operação, a graça não é irresistível, porque está escrito de muitos que eles resistiram ao Espírito Santo.

Art. 5. Que aqueles que são enxertados em Cristo por uma verdadeira fé, e que assim foram feitos participantes de seu vivificante Espírito, são abundantemente dotados de poder para lutar contra Satã, o pecado, o mundo e sua própria carne, e de ganhar a vitória; sempre – bem entendido – com o auxílio da graça do Espírito Santo, com a assistência de Jesus Cristo em todas as suas tentações, através de seu Espírito; o qual estende para eles suas mãos e (tão somente sob a condição de que eles estejam preparados para a luta, que peçam seu auxílio e não deixar de ajudar-se a si mesmos) os impele e sustenta, de modo que, por nenhum engano ou violência de Satã, sejam transviados ou tirados das mãos de Cristo. Mas quanto à questão se eles não são capazes de, por preguiça e negligência, esquecer o início de sua vida em Cristo e de novamente abraçar o presente mundo, de modo a se afastarem da santa doutrina que uma vez lhes foi entregue, de perder a sua boa consciência e de negligenciar a graça – isto deve ser assunto de uma pesquisa mais acurada nas Santas Escrituras antes que possamos ensiná-lo com inteira segurança.


Serviço de utilidade pública:




1) Existe um cartório on-line, 24 horas, por onde conseguimos fazer todas solicitações de serviços, documentos, necessários. Para maiores informações, sobre procedimentos, visite o site e confira: http://www.cartorio24horas.com.br/index.php


2) Quando utilizamos o número "102", para auxílio à lista telefônica, pagamos uma tarifa de R$ 1.20 pelo serviço prestado pela Telefônica. Mas existe uma forma gratuita de solicitar esse mesmo serviço, é só discar o seguinte número: "08002800102".







HOJE NÃO, AMANHÃ


“Falou Moisés a Faraó: digna-te dizer-me quando
É que hei de rogar por ti, pelos teus oficiais e pelo teu povo,
Para que as rãs sejam retiradas de ti e das tuas casas....
Ele respondeu: Amanhã.” (Ex 8.9-10)

Faraó e seu povo já haviam sofrido a primeira praga, quando a água foi transformada em sangue, contaminando a água com peixes mortos, mas seu coração continuava obstinado em não deixar o povo hebreu ir. Agora a situação era pior: uma grande quantidade de rãs fervilhou dos rios e saltaram deles, invadindo casas, entrando nos quartos, subindo nos leitos, nos fornos e panelas. Era uma invasão asquerosa aos olhos dos egípcios, que já não podiam comer sem que um batráquio lhe saltasse sobre os pratos, já não podiam ter uma noite tranqüila sem que um réptil de pele fria se escondesse debaixo das cobertas.

O Faraó, acossado, finalmente cedeu e manda chamar Moisés: “Rogue ao seu Deus que afaste as rãs de mim e do meu povo”. – E quando eu devo fazer isto, perguntou Moisés? Ele respondeu: “Amanhã!”

Por que razão alguém que está sofrendo um mal, está incomodado, enojado, e poderia livrar-se imediatamente daquilo, jogaria a solução para o dia seguinte?

Espantado com a resposta dele? Não deveria. De certa forma somos assim e vemos isso freqüentemente acontecer. Sentimos dificuldades em decidir sair das situações que nos fazem mal. Relutamos em quebrar os padrões mentais reprováveis. Nosso jogo preferido é o da procrastinação, ou seja, postergar indefinidamente aquilo que precisa ser feito.

Ao repetir por anos a fio vivências indesejáveis o cérebro entra num condicionamento chamado “fixação”. E quando a mente está “fixada” ela rejeita qualquer mudança. Quando se está cronicamente preso ao que adoece, o efeito pode ser uma paralisia e a alma perde a motivação para desejar algo novo ou mudar as coisas (James Houston).

Hoje não, amanhã... ainda quero chafurdar-me um pouco mais. Hoje não, amanhã... mudar agora meus paradigmas me acarretará muito trabalho.

Foi para “a liberdade que Cristo nos libertou”, mas muitos ainda permanecem presos a dogmas, a religiões que adoentam a alma e às doenças fabricadas no inconsciente. Não creio que são todos que desejam, de fato, livrar-se de suas “doenças”. Manter indefinidamente uma situação desconfortável pode ser uma desculpa para não enfrentar aquilo que realmente é essencial para a vida.

Ao invés de buscar a cura, é comum trocar-se um vício da alma por outro. Médicos e psicólogos notaram que pacientes que fizeram a cirurgia bariátrica (redução de estômago), depois de algum tempo “trocaram” o vício de comer por outro: alcoolismo, drogas, sexo ou tabagismo. A causa? Operou-se o estômago, mas não a cabeça.

No mercado da fé ocorre o mesmo fenômeno: os ídolos mudos de gesso foram trocados por ídolos vivos que cantam muito bem. Os sacrifícios outrora oferecidos nas esquinas, agora se transformaram em sacrifícios financeiros. O odor penetrante do incenso usado nos ambientes espiritistas foi substituído pelo cheiro adocicado do óleo “ungido”. Em suma: mudou o local de culto, mas a cabeça continua a mesma.

Qual é a característica de uma mente liberta? Não seria justamente a capacidade de transitar livremente por tudo que é humano, e ter interesse tanto pelo sagrado como pelo secular, tanto pelo individual como coletivo, conversar com os idosos, estar bem em grupo, mas também amar a solidão? Desconfio seriamente de quem diz que se alegra com as imagens do céu, mas não sente atraído a brincar com uma criança na Terra. Salomão não compôs apenas uma vasta obra bíblica, mas era também um botânico que discorreu “sobre todas plantas” e um zoólogo que ”falou sobre dos animais, aves, répteis e peixes” (1Rs4.33). Tudo para a glória de Deus.

Ser livre é a capacidade que a Graça nos concede para decidir, para permitir-se, para escolher, para dizer “não”, para ser eu mesmo e não o que o vício me tornou Talvez a maior necessidade que temos de Cristo hoje é que Ele nos liberte, não de demônios, mas dos vícios da alma – que se tornaram demônios para nós.

Uma advertência: Deus não tira os meus vícios, mas pede que eu desista deles (Dallas Willard). Pois, se eu não quero abrir mão deles, Deus não vai tirá-lo para mim. Não adie para amanhã: o tempo de Deus se chama Hoje.

Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br