domingo, 25 de maio de 2008

Pense em dar uma renovada em sua vida

Esse é um texto que circula há tempos pela internete. Não deixa de ser sempre utilizado em blog's, etc., no sempre "estilo de auto-ajuda", o que tem sido muito explorado atualmente. Não consegui identificar a fonte do texto, muito menos o autor. Guardada as devidas proporções, não deixa de ser uma reflexão interessante.

Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar.


Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como "sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático. Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?Antes da resposta, leia o que vem abaixo:


Quando as pessoas atingem seus objetivos - tais como: quando encontram uma namorada maravilhosa, quando começam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas dívidas, ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então, relaxam. Elas passam pelo mesmo problema dos ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de herdeiros, que nunca crescem, e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta.


Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou, no começo dos anos 50: "O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador" [grifo meu]. Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo! Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque.


O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo". E fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados, lá nos tanques. Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista, se reorganize!Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá ao encontro dos objetivos do seu grupo, da sociedade e, até mesmo, da humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença. Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar.

"O Prato de Lentilhas" e mercado

Fico admirado ao ler a história dos irmãos Jacó e Esaú. Principalmente o tão abordado episódio do “prato de lentilhas”. Minha admiração é pelo fato de como os irmãos se movem na cena do texto, e tomam suas decisões, quase que uma brincadeira. Quando Esaú chega com fome de um de suas caçadas, ele sente o cheiro delicioso prato de lentilhas, que Jacó acabara de cozinhar.

Jacó, provavelmente sonhava com o fato de um dia poder ter sido o primogênito, mas é improvável que estivesse premeditando cozinhar as lentilhas para roubar a primogenitura de seu irmão Esaú. Um sonho de criança (...), quem nunca teve um? Talvez um sonho que era alimentado dia a dia, pelo fato de por pouco não ter nascido “o primeiro”.

Falar em primogenitura na cultura semita significava tocar em assunto importante – o mesmo que mexer com a lei, uma das “regras da cultura judaica”. No texto (...) ambos abordavam a primogenitura, cada um por um prisma diferente, mas nenhum dos dois estavam falando em regras semitas (...); talvez para Jacó, aquilo fosse um momento terapêutico, onde seus traumas mais infantis estavam sendo trabalhados, e para Esaú, era a oportunidade de matar a sua fome [que não devia ser pouca]. O que aconteceu aqui foi exatamente “uma troca de favores”.

Na “troca de favores”, para ambos, o que valia era muito mais unir o útil ao agradável, que fazer mercado. Vamos negociar então!! O prato de lentilhas pela primogenitura, e tudo logo estaria resolvido. Certamente que nesse caso Esaú saiu na melhor, saciou a sua fome. E infelizmente, o que ele disse a Jacó seu irmão, não valeu de nada. Esaú não tinha condições – de nenhuma espécie - de transferir sua primogenitura ao “irmão sonhador”. Isso fica bastante claro para nós, quando posteriormente, a mãe dos irmãos precisou utilizar-se de certa “artimanha” para que Jacó fosse abençoado por Isaque, no lugar de Esaú.

Tal história nos remete ao período do sistema tribal do povo de Israel, muitos historiadores denominam esse, um período de grande pureza e ingenuidade do povo semita. Tudo quanto colhiam da terra, e o leite, e a carne: dividiam! As necessidades entre o povo no período tribal eram sanadas na radicalidade da fé, por meio da partilha. A troca acabava sendo em função das necessidades uns dos outros, diferente da função utilitarista na busca por aproximação das pessoas, visível atualmente. A história de Jacó e Esaú retrata muito bem “a ingenuidade”, e a propensão à troca - a partilha em função das necessidades de cada um.

Certamente que, a história do povo de Israel toma rumos diferentes com a implantação do sistema monárquico, etc. Implica numa mudança drástica na estrutura cultural mais profunda do povo de Israel. Israel passa a conhecer a “comercialização”: com a inclusão do boi na cultura semita (animal de grande porte), os lucros, surge o exército que tem que ser mantido pelo “Estado”; maior movimentação de valores e etc. A concepção do povo muda, as demandas – agora ambições – passam ser outras. E posteriormente, o contato do semita com o helenismo - mundo helênico, grandes reformas; (...).

Você deve estar se perguntando, mas por que tanta história? Fato é que, hoje somos resultado de “uma história”. O sistema capitalista de mercado, em pleno exercício, como que um vulcão em erupção, já nos dita um estilo de vida, modas e tendências. O capitalismo reformulou a nossa história, mexe com nossas rotinas, e isso nos traz grandes implicações bastante atuais, das quais, não podemos ficar como que alienados. Fazemos parte de uma sociedade, cada vez mais “utilitarista”.

A história de Jacó e Esaú, de que ela nos serve? Como interpretar a história do “prato de lentilhas” hoje? Bem diferente daquela época, hoje tudo é mercado!! A troca não é mais para satisfazer a necessidade do que pede, mas é exatamente “onde” consigo ganhar, explorar, arrancar a qualquer custo o meu lucro.

Temos um bom motivo para refletimos aqui:

Se Jacó fosse vivo hoje, certamente ele estaria preparando o prato de cozido, com o qual roubaria o direito do irmão de primogenitura. Ele seria o primogênito, ainda que a partir da fome do seu irmão – mas, “os fins justificam os meios”? A conversa seria gravada, para que depois um advogado pleiteasse junto de um Juíz a parte que caberia a Jacó: talvez implicações modernas da promessa feita por Esaú.

Também, muitos de nós negociamos coisas, que não deveriam ser negociáveis. Nossa fé, nossa esperança, nosso testemunho, e na sociedade dos “Nick Name” - nosso nome, nossa primogenitura. Não vivemos em uma sociedade ingênua, não podemos sair por aí “fazendo e desfazendo”, e a partir de meus achismos, “negociar” elementos centrais da minha vida, do meu eu – do meu corpo.

E, qual é a minha postura, diante daqueles(as) que estão do meu lado? Enxergo nas pessoas – seres humanos, ou “possibilidades”? Muitas pessoas têm tanto, outros, são tanta coisa – tanto ‘status’, porém é sempre às custas do irmãozinho, da irmãzinha - do fracasso de alguém, do processo chamado “negociação gospel”. Negocio até “o meu dom”, esse vira meio pelo qual consigo acesso àqueles/as que “estão no poder”.

Penso que está na hora de aprendermos com a história do prato de lentilhas, e resignificá-la para hoje: O episódio dos irmãos Jacó e Esaú. Devemos nos revestir da simplicidade e do amor com que os irmãos se ajudavam na comunidade primitiva, período tribal do povo de Israel. Não devemos nunca perder de vista os nossos objetivos enquanto cristãos, paradigmas ensinados por Jesus: de comunhão e partilha. Não podemos negociar aquilo deveria ser inegociável para nós, mas que acabo abrindo mão, por conta das “exigências do mercado”, para obter algum lucro, ainda que a troco de algo que satisfaça nossas necessidades, tão passageiras, e momentâneas, tão ínfimas, tão (...).

XÔ, TENTAÇÃO!

[A foto abaixo foi adaptada por mim, não é a original do artigo].

Somos tentados a todo o momento – pela soberba, pelos olhos, pelos desejos, pelos nossos instintos... A tentação adquire diversas faces de acordo com a idade, sexo, posição social e áreas de interesse. Normalmente o que é tentação para um não significa que o será para outro. É muito fácil para um idoso cobrar seriedade do jovem que se deixa seduzir facilmente, porém, ele não está em melhores condições que o rapaz, pois sua área de tentação embora seja mais sutil – e consequentemente menos visível – não é menos potencialmente pecadora.

Tentação é uma palavra ambígua, pois ao mesmo tempo que se teme, se deseja. Por um lado é deliciosa, por outro, perigosa. Com uma parte do ser, se quer, com outra parte sabemos ser proibida. É inevitável daí o conflito. Percebemos, então, que de um lado desejamos as “coisas do Alto”, por outro lado quase que culpamos a Deus por permitir que coisas “daqui de baixo” perturbem nossa pacata vida cristã.

A tentação é perigosa porque é sedutora: quando não estamos diante dela, achamo-nos fortes e determinados... ao surgir à nossa frente ou em nossa mente ela arrebata os sentidos, e aquele até então forte e destemido fica paralisado. Que ninguém se ufane de sua solidez, porque o apóstolo adverte: “quem está em pé cuidado para que não caia”.

Toda tentação é uma proibição, um interdito. Diga a uma criança para não mexer na gaveta do criado-mudo e bastará você fechar a porta para que aquela gaveta se transforme no objeto mais desejado da casa. Quem já foi criança sabe do gosto maravilhoso que há na goiaba roubada no quintal do vizinho. Essa mesma goiaba não despertaria o menor interesse se estivesse na fruteira de casa.

Tentação é desejo. Há desejos permitidos e desejos proibidos. O cônjuge, por exemplo, deve ser um desejo sempre deliciosamente tentador. Há desejos diabólicos – mas não foi o diabo que colocou aí dentro – posto que já estava consigo, adormecido. O diabo não tem o poder de colocar nenhuma tentação dentro de nós. Ele apenas desperta o que já existe, só incita o que pode ser incitável: “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (Tg 1.14).

Para algumas religiões orientais o desejo é o grande problema da humanidade, por isso almejam uma vida onde ele seja negado para que nasça um ser apaziguado. Paulo advertiu aos colossenses contra essas filosofias que apregoavam para “não manusear isto, não provar aquilo, não tocar aquiloutro”, pois ele chama isso de doutrinas de homens e “rigor ascético” que tem aparência de sabedoria, todavia “não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2.23). Ou seja, não resolvem o problema e ainda estimulam a indulgência da carne.

Não é travando luta encarniçada contra os desejos que conseguiremos nos libertar, pelo contrário: tudo aquilo que lutamos 24 horas sem descanso se transforma em obsessão e o efeito é contrário. É como a história do discípulo que chegou ao seu mestre e perguntou: “Mestre, o que devo fazer para alcançar a paz e a serenidade de uma mente sem sobressaltos? O Mestre lhe respondeu: “É simples: fique a semana toda sem pensar em macaquinhos, elimine-os completamente de sua mente, e depois volte aqui. Mas lembre-se: não pense uma vez sequer neles”. O discípulo saiu todo feliz: “Ah, isso é fácil!”. Passado apenas algumas horas aquele discípulo retorna desesperado: “Mestre, mestre, pelo amor de Deus, tire de cima de mim esses macacos que não me deixam dormir, não me deixam comer, e estão agora em meus ombros....”.

Quem pensa que vencerá “eliminando” não sabe que estará criando um monstro muito mais difícil de ser lidado, pois já que ele foi proibido na consciência – onde se pode decidir – ele virá das entranhas como imagens e pensamentos compulsivos que não temos poder de decisão. Inevitavelmente acaba em neurose. Quem vive assim não precisa de diabo, pois ele é o seu próprio diabo [Adversário].

Tenho para comigo que Jesus ensinava para não usarmos de vãs repetições em nossas orações, justamente para evitar que não tornemos os nossos medos – naturais – em monstros que vão assombrar a alma pela constante repetição. E ao invés de descanso, a mente estará sempre aflita e perturbada. Imagine um crente temeroso de ataques do maligno viajando em férias para a sincrética Bahia dos terreiros e orixás. Ao descer do avião é recepcionado por uma mãe-de-santo oferecendo pipoca, nos passeios só encontra acarajé em tabuleiros consagrados, no almoço do hotel grupos de capoeira se apresentando.... Se essa pessoa tentar “amarrar Satanás” a cada minuto do dia terá as férias mais cansativas de sua vida. Qual a origem do problema? A mente que não descansou no Senhor.

Aquilo que tememos não pode ser transformado num fetiche, pois vai acabar ganhando vida própria em nossa mente. Por isso Paulo nos ensina em o que pensar: tudo que é bom, tudo que é agradável, de boa fama.... seja isso que ocupe a vossa mente”.

A oração é o caminho do cristão. Jesus nos ensinou a pedir ao Pai que “não nos deixe cair em tentação”. Peça a Deus que limpe os seus olhos para ver sua Graça bondosa nos auxiliando naqueles momentos que parece que vamos tropeçar. Peça a Deus que cada desejo maligno projetado sobre sua vida receba da parte Dele dobrada força para poder resistir. Que cada crente no Senhor saiba que pelo Espírito Santo em sua vida, ele pode dizer “não” à mais vigorosa tentação. Que cada um reconheça que por sua própria força, por sua “moral”, nada pode fazer, mas pela graça pode decidir pelo que o Senhor se agrada.

Ser tentado faz parte de nossa condição humana, mas podemos passar relativamente tranqüilos por essa prova quando ouvimos o que diz o Senhor: “em vos converterdes e em sossegardes está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força” (Is 30.15).

Pr. Daniel.