Dentre muitos pontos de vista,
(1) Um ponto de vista pastoral (...)
(1) Um ponto de vista pastoral (...)
Petrópolis, 22 de
outubro de 2011
Considerações iniciais:
fundamentais
Não podemos “usar” a Bíblia “aleatoriamente”, conforme
nossos ânimos; simplesmente para comprovarmos “teorias”, ou dar mais
legitimidade ao nosso discurso. Enquanto Palavra Inspirada por Deus, a Bíblia precisa
falar a nós antes de tudo; se antecipar inclusive aos nossos “achismos”. Devemos
cuidar do nosso ímpeto de coisificá-la e instrumentalizá-la, uma vez que não
podemos fazê-la refém dos nossos maus hábitos.
Quando nos aproximamos da “Palavra de Deus”, precisamos
permitir que o texto inspirado, por si só, nos oriente quanto aos dias de hoje;
e nos oriente sobre qual é a boa,
perfeita e agradável vontade de Deus (leia Rm 12.2). Que o texto exige
interpretação da nossa parte: isso é fato. Buscamos um sentido hermenêutico, no
texto e para o texto, de acordo com nossa realidade e conseqüentemente nossas
experiências e expectativas quanto ao que está por vir da parte de Deus. Nossa
“bagagem” nos aproxima do texto bíblico e o texto bíblico à nós; no entanto,
não podemos perder de vista, que embora instados à interpretar, cada texto tem
um contexto; uma intenção clara e objetiva.
Nesse sentido, discussões que estão fora de um determinado
texto, ou textos que estão fora de determinadas discussões, quando “ligados”
(associados) forçosamente por nós a fim de “verdadeirizarmos” nossas
experiências pessoais, pura e simplesmente, só geram mais dúvidas. Nunca se
poderá concluir objetivamente nada, uma vez que a interpretação vai variar de
acordo com a experiência de cada indivíduo – fica, portanto, subjetivada. É
aqui que vence quem tem mais argumentos, ou maior poder de persuasão; quem já
leu mais livros, quem tem mais experiência e facilidade de falar em público;
etc!
Mas e a essencialidade bíblica? Ficou perdia em meio à
discussão, embaraçada no labirinto de argumentações pessoais das partes que se
digladiam em busca de firmar sua posição pessoal.
Um breve parêntese: é “disso”, um tipo comportamental, que
surge os atuais cultos ao personalismo; das celebridades que disputam com Deus
um lugar no palco, no trono ... tiramos o texto do seu contexto para impormos
nossa pessoalidade como verdade absoluta e universal, nasce o pretexto.
Primeiro. A discussão sobre “o cristão e a música secular”
requer muito cuidado, exatamente para não cairmos no referido erro; não podemos
“torturar o texto bíblico” e fazê-lo assumir aquilo que ele não diz.
Sobre uma fé que
nasce sob as bases do individualismo e subjetivismo
Muitos/as chegam a perder a coerência cristã na vida prática;
uma vez que a ênfase no indivíduo e conseqüentemente uma interpretação subjetiva
e particularizada das escrituras, deixa-nos vulneráveis à distorções; verdadeiros desvios, quanto à experiência do
Evangelho de Jesus Cristo. Soma-se à isso, uma fé pouco dinâmica e “eu-centrada”,
e o ânimo dobre passa a ser uma epidemia moderna (leiam Tg 4.8). Comportamento, que na
composição psíquica do indivíduo, pode vir a ser, no mínimo, favorecedor de
“bipolaridade”, ou “esquizofrenia”.
Vejam como é cada vez mais comum, que sob um mesmo assunto
ou tema, a pessoa, a cada minuto tenha um posicionamento diferenciado; não
porque amadureceu e/ou evoluiu em idéias, mas porque não consegue estabelecer
com coerência um diálogo saudável e objetivo acerca de algo. Muitos não se dão
ao trabalho: pensar! A celebridade, o referencial de sucesso, dita, e a platéia
aplaude separando o dinheiro para simplesmente aderir à tendência.
Para muitos, longe de mim generalizar, da dita idade
moderna, essa esquizofrenia cultural, sócio-econômica, política, religiosa e espiritual,
já é uma realidade. São desnutridas com relação à Verdade que alimenta e sacia
a sede por vida plena (Cf.: Jo 10.10 e Ap 21.6); desprovidas de um mínimo de espasmo
que as faça querer ser profundas e
competentes.
Nossa sociedade parece fabricar pessoas superficiais, que não
adquirem terreno sólido para edificar nada; e notem que os maiores princípios e
valores de sobrevivência, aqueles fundamentais, foram relativizados. Sujeitos
com condições limitadas de discernir o que lhes é bom, ruim, desejado,
necessidade, essencial, básico, trivial; etc. (Cf.: Pv 1.32 e Jn 4.11/ Vale a
pena estudar também o contexto de Lc 12.56).
É por isso que cada “suplemento” bíblico deve ser “ingerido”
a seu tempo, e no seu contexto – só assim proverá nutrição ao corpo: físico e
espiritual.
Outra questão
importante
O cuidado para não reduzirmos o tema a quaisquer dualismos
possível
O uso constante de “dualismos” na vida cristã, “ou-isso-ou-aquilo”, pode ser prejudicial e
inibidor de reflexão. Dualismos praticamente nos privam de experimentar os
frutos advindos de uma discussão mais ampla com relação a determinado tema;
fica cada vez mais complexo estabelecer diálogo sem os devidos aprofundamentos.
Se por um lado facilita na tomada de decisão, uma vez que são duas as opções disponíveis,
ao mesmo tempo dificulta a reflexão com relação à uma escolha, já que as
possibilidades são limitadas em 2 (dois): sim ou não.
Os textos bíblicos registrados em Mateus 5.37, e Tiago 5.12,
muitas vezes utilizados fora dos respectivos contextos, acabam atropelando os
processos que são importantes na nossa vida: maturação e desenvolvimento;
processos de Deus. E acabamos prosseguindo, incompletos, sofrendo os
“bloqueios” de um “sim” ou de um “não” que vieram à nós e/ou através de nós fora
de tempo; como que um pacote lacrado.
Certos dualismos aparecem sim na Bíblia, embora em temas,
muitas vezes, isolados. Isso é possível! Mais cedo ou mais tarde, teremos que
escolher entre “um” e/ou “outro”. No entanto, a própria Bíblia nos permite a
ampliação de possibilidades, e nos incentiva a refletir: favorece o nosso poder
de escolha na tomada de decisão, e aumenta nossas possibilidades de acerto (alguns
exemplos, dentre vários: Pv 19.2; Lc 14.25-32).
Nesse sentido (...)
A pergunta: “é
pecado: sim ou não?”, é um dualismo. Pode nos fazer incorrer, por exemplo,
no erro de Pedro e dos Apóstolos (leiam Atos 10.9 - 11.18). Muitas vezes acreditamos
estar na direção de Deus, mas aí Ele se manifesta e nos constrange à refletir
sobre nossas atitudes e à mudar pelo
menos nosso trajeto – essa é a questão: assim percebemos quando abençoamos o
que Ele amaldiçoa e o risco de amaldiçoarmos o que Ele abençoa (leiam Is
55.8-9).
Deus nos dotou com a capacidade de estabelecer diálogo e com
notável potencial para reflexão; no entanto a pergunta [é pecado: sim ou não?]
não nos deixa outra escolha, se não, responder “sim” ou “não”. Em questão de
segundos tudo estará pronto nos limites da afirmação aprovativa, sim; ou
reprovativa, não. No entanto, nem tudo se resume à isso; e enquanto isso,
muitas perguntas vão ficando sem as devidas respostas; concorda?
Complexo, não é verdade? Lembrem-se dos/as que perdem anos de
suas vidas acreditando fazer o bem e/ou o certo; derrepente são confrontados e convidados
à uma mudança radical, a se converter ao Verdadeiro Caminho (Jo 14.6 e Gl 1.9).
Pessoas que percebem, que mesmo felizes e galgando sucesso, não estavam na rota
de Deus; no trajeto que nos conduz ao centro da vontade do nosso Pai Celeste.
Lembram-se de Saulo quando perseguia os cristãos acreditando
fazer a vontade de Deus? Conforme narrativa de Atos 9 (nove), após uma
experiência profunda e verdadeira com Deus no caminho [o Saulo perseguidor precisou
ir ao chão para que um novo homem, missionário, fosse levantado], ele é chamado
à assumir outra postura; caso quisesse de fato fazer a vontade de Deus.
Mas então, como discutir temas essenciais como esses sem
incorrermos nos dois erros comuns aos cristãos? Ambos gravíssimos, primeiro: o de
nos “abrir, enquanto Igreja, ao secularismo e aderirmos ao mundanismo
desenfreado perdendo o poder de fazer a diferença (leiam Ez 22.26 e Ml 3.18; Mt
5.13)”; segundo, o contrário, nos “fecharmos nos nossos guetos e tribos, sem um
mínimo de coerência cristã nos relacionamentos interpessoais em termos de
postura frente a elementos profundos e da vida secular”.
Fico mexido com a
afirmativa de Paulo, e na minha concepção ela tem valor inestimável frente
à questões impostas aos cristãos na dita “idade pós-moderna”; observem :
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas,
mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de
outrem (1Co 10.23-24).
Vejam que fantástica a estratégia de Paulo, um grande
plantador e consolidador de Igrejas. Nesse sentido bíblico, a pergunta
coerente, seria: ouvir música secular convêm e/ou edifica? É aqui que a
discussão se expande de maneira saudável, longe da mordaça do “sim” e/ou do
“não”.
O cristão e a música secular: é uma questão de conveniência e de
edificação, e não de pecado
Trabalhar no âmbito do que convém e do que edifica é
trabalhar diretamente a comunhão entre partes diferentes; é onde o plural se
manifesta. Ao passo que discutir sobre o que é pecado ou não o é, nos
transporta naturalmente à realidade onde as discussões ficam restritas à foros
íntimos – de manifestação singular, e portanto em muitos casos unilateral. Entra
agora a responsabilidade humana diante das outras pessoas; isso é o Evangelho
de Boas Novas deixado por Jesus (Leiam 1Co 10.23-33).
O discurso paulino muda o eixo da discussão; faz-nos repensar
nossa caminhada enquanto pessoas chamadas à fazer a diferença; convida-nos a
mudar o nosso foco, a fazer de Cristo nossa aspiração (Fp 3.12-14).
Percebam que ele ataca algumas bases do secularismo atual que
intentam contra a Igreja de Cristo: o egocentrismo (subjetivismo); o que
desmascara o culto à personalidade; e a redução de temas importantes à
dualismos frágeis. A resposta não é mais “sim” ou “não”, antes: convém?
edifica? E o critério para minha tomada de decisão não sou “eu mesmo”; não é o
que eu penso e/ou desejo, e muito menos o que eu
classifico como “bom”; o
critério agora é “o outro” (o diferente de mim).
O outro é o parâmetro para minha resposta e postura frente à
vida.
Leiamos os seguintes
textos bíblicos: 1Co 10.15; Tt 2.6; 1Pe 4.7; Gl 5.25 e Filipenses 1.22; Tg
4.4; 1Co 6.19; Gl 2.20 e Fil 1.21; Rm 11.36; Mt 12.33; Tg 3.12; (monte um grupo
de estudo e discussão onde todos/as leiam esses textos propostos; cada um/a ode
sinalizar o que entendeu que o texto ajuda na reflexão sobre o tema: o cristão
e a música secular).
Aprofundamentos: Sobre
a relação entre cristão e música secular
Não estamos discutindo o perigo de sofrer “influências
mundanistas”; seria mais uma vez minimizador de reflexão. Concordo que coisas
desprovidas da graça de Deus podem ser encontradas também dentro da Igreja (não
vou aprofundar essa discussão aqui pois fugiríamos do tema e o espaço não é
suficiente); e que coisas de valor podem ser achadas também fora dela! Mas a questão
não é essa; a discussão é: com quais valores quero me comprometer? E sob quais
alicerces, enquanto empreendedor do Reino, me lanço à edificação de casas e
lares? (leiam Mt 7.24-27).
Alicerces originais e profundos, ou os plágios e aqueles superficiais?
Onde busco meus referenciais para experimentar a vida abundante? De qual fonte
me aproximo para saciar minha sede? Valores sedimentados no Reino de Deus; ou
valores infinitamente variados, muitos subversivos nascidos em berço de
revoltas, os relativizados que na essência nada têm à ver com determinada lógica
e sequência de Deus para minha vida?
O alicerce de uma casa determina a altura à que posso levar
a estrutura! Se quero Deus, preciso buscar as coisas que trazem em si valores eternos,
não é isso o que a Bíblia nos sinaliza como parâmetro? (Cf.: Mt 6.21 e 2Co 4.18).
Olhar diretamente
para a fonte ou buscar em meio à enxurrada de porcarias algo que me pareça ter
valor?
Certamente preciso ir à fonte! (leiam Tg 3.12).
Nossa fonte é Jesus, sempre. A base da nossa inspiração ... Não
nos esqueçamos que o nosso Deus é Senhor de coisas originais.
Muitos dizem ter critérios bem claros para selecionar a
música secular que vão ouvir! Aquelas que falam de amor; de carinho; de belos
valores. Outros dizem que ouvem porque o grupo de convivência e identificação o
faz; mesmo sendo um escândalo para sua família ou irmãos/ãs do contexto
religioso, continua a praticar para não se sentir “um peixe fora do aquário”. Não
podemos perder de vista, que tudo isso pode ser um plágio barato do original do
Deus criador. Um discurso frágil e enganoso, bem elaborado, acrescido de
elementos atraentes, mas que muitas vezes não passam de iscas no anzol!
Responda você mesmo/a: Quantas vezes entramos em desavença
com nossos pais, pastores, amigos/as, namorados/as, por temermos fazer a
diferença no nosso espaço de convivência? E escandalizamos aqueles/as que
buscam em nós um referencial para suas vidas vazias. A verdade é que precisamos
nos comprometer com os valores do Evangelho de Jesus Cristo; à ponto de Cristo
aparecer em cada um de nossos atos (Cf.: Gl 2.20; leiam 2Co 3.2).
[Meditem em 2Co 10]
Concordo, que os parâmetros humanos são insuficientes para classificarmos
o que é bom ou ruim! Mas Deus em Jesus, o Cristo, nos orientou muito bem sobre quais
devem ser nossos parâmetros e crivos; alguns deles, dentre muitos, Paulo deixa
relatado em Fp 4.8 e Gl 5.16-26 (leiam).
Não podemos perder de vista que o ser humano é
essencialmente dotado de atributos espirituais, e que traz em sua composição o
DNA de Deus [somos criação d’Ele]; é portanto um ser religioso. Nesse caso, a
busca espiritual, o louvor e a adoração, a oração, a contemplação, a caridade, dentre
outros; são elementos inerentes à nossa natureza, e isso independente da nossa
escolha denominacional. Ao abandonarmos ou ignorarmos essa realidade, e quando
começamos à negociar esses valores, entramos numa crise existencial profunda; especialmente
porque passamos a não discernir, na luta entre carne e espírito, o que é
inerente a um e outro (Cf.: Gl 5.16-26): é onde “as naturezas” se misturam e se
confundem, e de fato, nutrir fé, esperança e amor [pilares da nossa existência]
perde todo sentido (1Co 13.13). A vida perde o sentido.
Entramos em crise e depressão [o mal do século],
principalmente quando deixamos de ser referencial de vida para nós mesmos e
para o próximo; mas quando perdemos do cerne da existência humana, a vontade de
nutrir os pilares da existência, a vida não só fica restringida à um corpo
mortal [temporal e limitado], mas se encurta num amedrontador labirinto do eu
mesmo.
Uma questão de lógica:
simples, mas longe de ser simplista (...)
Se eu deixo de ouvir tais músicas como atitude, alguns podem
não entender; mas tendem, ou pelo menos devem, respeitar minha decisão; aliás é
uma opção clara de abster-me em favor de outros/as![não quero ser fator de escândalo
e muito menos pedra de tropeço para ninguém (Mt 18.7 e 2Co 6.3)]. No entanto, se
eu ouço, posso sim escandalizar àqueles/as que fazem a opção de não ouvir;
independente de seus motivos.
Há certas coisas, que é mais saudável e coerente de minha
parte que eu me abstenha! Não só julgando se quero ou não quero, mas sim se
será bom para os/as que estão ao meu redor. Outra grande característica da
essência humana, em termos de potencial à que fomos dotados quando na criação,
é a necessidade de busca de coletividade para interação e conseqüente
desenvolvimento. No entanto, esses laços e relacionamentos, precisam ser
preservados de maneira tal que “o corpo” cresça e se desenvolva de maneira
saudável.
Algumas situações fazem dessa relação interpessoal um
desafio; uma convivência pouco saudável: o álcool, o tabaco; a fofoca, a
mentira; o palavrão, o “consumismo”, a apropriação desordenada; dentre outros (...).
É possível que sejam coisas que nunca vão matar; mas e quanto aos outros, uma
vez que temos a rodearnos tão grande nuvem de testemunhas? (Leiam Hb 12.1).
Pessoas às quais precisamos testemunhar o amor de Cristo (Cf.: At 1.8)? Qual
tem sido nossa atitude para com o próximo? De compromisso? De zelo ou
desmazelo?
A música secular é um desses elementos que pode intensificar
muito mais os níveis de limitação num relacionamento, descartando toda, ou
parcelas, da potencialidade de interação.
A conclusão foi-se
deixando evidenciar na própria dinâmica de desenvolvimento do texto; no
entanto, os próximos pequenos parágrafos, podem ser visto como a síntese do exposto
até então
Essa discussão é profundamente complexa, e o tema um
desafio, mas não podemos deixar de trabalhá-lo. Não deve ser discutido restritamente
sob parâmetros morais e/ou éticos, e muito menos em termos de “pecado”. A
questão sobre “o cristão e a música secular” precisa ser discutida sob o crivo
do Evangelho; no sentido do que eu faço com a minha vida, e como eu interajo,
uma vez que as pessoas estão olhando para mim em busca de um referencial de ânimo
[do latim animu = alma, espírito,
mente].
Nesse sentido, as perguntas: Convém? Edifica? São fundamentais, pois preciso
cuidar para que minha vocação e interação não venha a ser motivo de escândalo e
pedra de tropeço à ninguém (Mt 16.23 e 1Pe 2.8).
Precisamos permanecer ligados à videira, frutificando (leiam
Jo 15).
Pr. Antônio Luiz de Freitas Junior
Pastor responsável pela
Congregação da Igreja Metodista no Alto Independência
Igreja Metodista Central em Petrópolis/RJ
Igreja Metodista Central em Petrópolis/RJ