A "mesa do Senhor" é, ou pelo menos deveria ser, ponto central. A essência das celebrações cristãs e/ou religiosas.
Sem comunhão e partilha, dois em meio aos muitos significados do símbolo da eucaristia, a Igreja é mera reunião legislativa e/ou executiva. Nada além de aglomerado de pessoas que estão lado a lado mas são anônimas umas às outras.
Se a "mesa do Senhor", a eucaristia, é central nas celebrações, se nela moldamos um imaginário exclusivista, dizendo que ela é somemente para essa ou aquela classe de pessoas, desde então estamos treinando nosso povo para criar partidos. Ensinando a fazer separação. Ensinando a privilegiar uns em detrimento de outros.
Vivemos dias de intensa modificação do corpo de Cristo, e no campo eclesiástico mudanças que nos afetarão proundamente ao longo dos anos, e a Igreja coloca em prática e com cada vez maior frequência a "eugenia", na pretensão de comungar somente com santos. O imaginário de facção está cada vez mais presente e solidificando-se na memória da nossa gente. E depositamos sobre o altar a nossa oferta ... e nos dizemos santos, melhores, mais capazes, salvos super- intendentes da salvação ... etc.
Deus nos convida à uma "metanóia", aliás o cristão precisa de constantes conversões, que tal lutarmos não mais pelo fortalecimento do "gueto dos preferidos de Deus", mas pela espiritualidade salugênica que fomenta vida em comunidade. Que tal começarmos na mesa eucarítica a ensinarmos que o Reino de Deus é para todos/as, e que evangelização começa no abraço e não na delimitação "dos certos" e "dos errados", tipo farisaismo.
Abraço.
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