sábado, 10 de maio de 2008

Pense bem nisso.


Passamos a vida inteira tentando crescer, e de uma forma toda peculiar conquistar a tão sonhada independência, independentemente se para isso vou precisar de romper com as estruturas da família, com os padrões sociais, etc.

Depois que crescemos, ou não, mas em dias que já pretendemos ter conquistado a “suposta liberdade”, certas circunstâncias nos conduzem "o olhar para trás", para nosso passado. A luta agora é para descobrir quem somos – porque temos pistas de que somos o produto de “nossos tantos entulhos” – pistas, de que revirando nossos “quartos escuros”, nossas situações mal resolvidas, poderemos descobrir de que é construído o meu "eu-mesmo".

Mas ... para que precisamos descobrir quem somos? pergunta impaciente aquele alguém sem nome ancioso do século XXI, aquele cujo passado puco importa, e o futuro é quase sempre fruto de atos incoseqüentes. A resposta é sempre ainda muito tímida: porque em certas horas, em determinados estágios da nossa vida, "eles" exigem nosso número de identidade e eu passo a responder pelas conseqëncias dos meus prórpios atos ... tempos nos quais precisamos refletir, parar e olhar para trás, e consultar os documentos.

Ao olhar para trás buscamos descobrir se construímos coisas que ficaram, as coisas sólidas, aquelas que preenchem de alguma forma o nosso vazio; na verdade queremos descobrir se a nossa vida não passou de um grande vazio, de mero niilismo – dependendo do que descobrimos entramos em colapso, por não saber a que ponto fixo nos apegar em horas de extrema angústia.

Tudo hoje é tão móvel e descartável, que um dia, quando olharmos para trás, poderemos perceber que não temos deixado "os rastros", o caminho já percorrido que poderia orientar o que estar por vir logo atrás de nós; isso pode ser um indicativo de que a humanidade estará cada vez mais embasada em ilusões, paixões subjetivistas, coisas que não dão conta quando o assunto é preencher o vazio da perda, da desilusão, da distância, da angústia - cuidado, um dia poderemos estar à beira de um colapso, em massa.

Acho que cabe a pergunta: Indepenente de sua idade. O que você tem construído com suas atitudes? A maneira pela qual você se movimenta no mundo (...)

Nenhum comentário: