sábado, 10 de maio de 2008

Para nossa reflexão.


O contexto faz literatura.

Uma vez que, “teologias” são construídas a partir da vida, e das experiências concretas que experimentamos nela, é importante observarmos que, com o “acontecer da vida”, tantos rumos e histórias, muitas teologias foram surgindo. Teologias que surgiram com base nas experiências de pessoas que tiveram a oportunidade de estar pastoreando suas Igrejas, comunidades cristãs. Pastores que hoje são celebrados como grandes teólogos, homens que marcaram suas épocas. Alguns exemplos: Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer, e outros, alguns que chegaram a abandonar o seminário teológico para se dedicar às missões, movimento esse fruto de um questionamento do tipo, "para que serviria a Teologia"? É o caso de Albert Schweitzer que abandonou o seminário teológico para se dedicar à missão como médico na Ásia, e somente ao retornar para sua terra natal, na Alemanha, termina seus estudos teológicos. Foi um considerável teólogo liberal.

Podemos perceber que tais teólogos, nascem e crescem, são frutos de suas épocas, como por exemplo, dos séculos XVI ao XX, as propostas teológicas respondiam, ou pelo menos tentaram responder aos questionamentos sobre os traumas específicos da sociedade, sobre fatores econômicos, situação cultural, social; Teólogos que refletiam criticamente a realidade humana de suas épocas. Exemplo disso são os teólogos do pós-guerra, como Karl Barth, Tillich, Bonhoeffer, dentre outros, que discutiam a fé em um contexto de muitas pressões e “misérias” de guerra, a desestruturação física e espiritual humana mediante o caos.

Uma vez que a teologia é fruto de toda uma experiência de vida, precisamos considerar os missionários europeus e de outros lugares do mundo, que vieram para o Brasil, que aqui plantaram as sementes que fomentaram diversos movimentos. Temos alguns exemplos, Daniel Berg, Gunnar Vingren que, em 1910 vieram para no Brasil e fundaram a Assembléia de Deus do Belém; um outro exemplo é Asbhel Green Simonton, do norte dos Estados Unidos, e Georg Nash Morton, Edward Lane; os próprios Metodistas em 1840 representados na pessoa de Kidder, e em 1867 pelo do Rev. Junias. A questão que surge então, e que aqui procuro abordar para nossa reflexão, é: sob quais aspectos da vida hoje, percebemos toda essa movimentação mais carismática, ou espiritualística, pentecostal, ou como alguns preferem chamar, situação de neo-pentecostalismo”?

Todos os movimentos se orientam teologicamente, pois partem de experiências concretas da vida. Que tipo de respostas tal movimento, hoje tão atuante e presente, também identificado nas Igrejas Metodistas, quer dar para a sociedade (em caos?)? e a qual segmento da vida, aqui no contexto mais amplo da existência humana, ele se dirige? Qual é o protesto dele, e mais importante, contra o que, ou quem, essa teologia faz o seu protesto? Para muitos(as), que vivem o contexto da Igreja Metodista, esses que têm passado pela experiência do “batismo com o Espírito Santo”, ou “batismo com fogo”, essa teologia, esse movimento surge como uma proposta reformadora das instituições eclesiásticas; que reforma seria essa? e no que tal reforma implicaria?

Acho que são boas as problemáticas para refletirmos.

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