“Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles” (Sl 2.4)
“Rir-se-á deles o Senhor, pois vê estar-se aproximando o seu dia” (Sl 37.13)
A Bíblia revela alguns atributos divinos que são próprios da raça humana. A isso chamamos de “antropomorfismo” [anthropos = homem e morphe = forma]. Ou seja, Deus se mostra a nós atribuindo a si mesmo características daqueles a quem criou. É antropomórfico afirmar que o Senhor ama, sofre, compadece, enternece, descansa, se arrepende, anseia, espera, e.... surpresa: o Senhor também ri.
As duas passagens que mencionam esse gesto divino possuem algo em comum: elas mostram o Eterno rindo zombateiramente da insensatez dos reis, poderosos e dos ímpios que imaginam ser alguma coisa, rindo daqueles que confiam em suas próprias forças e se esquecem de Deus.
De quem o nosso Deus hoje lança mofa, graceja e faz troça? Não é difícil imaginar....
Deus ri-se de quem imagina que pode manipulá-lo ou controlá-lo, seja com ofertas, dízimos, promessas ou qualquer outra espécie de sacrifício.
Deus ri-se dos que criam impérios e acumulam fortunas usando o Seu nome, supondo que “a piedade é fonte de lucro” (1Tm 6.5). Ri porque sabe que o julgamento deles está próximo, e caso não se arrependam dessa loucura, só resta-lhes uma horrível expectativa.
O que habita no Alto zomba de toda gente que decreta, amarra, revela, libera e profetiza unção, saúde, vitória, prosperidade e cura, indistintamente a todos, desde, é claro, que paguem o CD, o livro, o carnê, a bíblia e o óleo. Não fica difícil entender porque Seu Filho, que observa tudo o que o Pai faz (Jo 5.20), zuniu o chicote contra os cambistas da fé e os expulsou do templo.
Ri-se o Senhor de quem vive todo gabola, confiante em sua beleza e juventude, e sente-se seguro porque possui bens e riquezas deste mundo. Mal sabe que a aparente segurança pode se transformar em repentina destruição sem chance de cura.
Deus ri-se dos que prometem que “hoje” o milagre vai chegar, “hoje” haverá curas e maravilhas. Inverteu-se a ordem das coisas? Não é mais o Eterno que determina quando e da forma que Ele deseja? Estava errado o salmista quando disse que “esperou” confiantemente no Senhor (Sl 40.1)? Deus está sujeito às nossas urgências e não se aguarda mais o tempo Dele [kayrós] se cumprir?
Deus ri-se da ansiedade dos que tentam controlar a vida e desgastam-se em armar esquemas para que nada fuja do planejado, e esquecem que a vida é fluída e fugidia, e quanto mais se quer controlá-la, mais escapa pelos nossos dedos. Quem relaxa o corpo e deixa-se levar pela água (Espírito) bóia, quem se retesa ansioso, afunda.
Ri-se Aquele que Reina, dos que depositam a fé em gestos, em rituais, em água, em velas, em rezas repetidas sem o coração, “visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).
Zomba o Eterno dos que se escoram em títulos pomposos, e se colocam em degrau superior de fé supondo ter autoridade sobre outros, exigindo-lhes submissão irrestrita sob pena de serem declarados malditos, sim o Senhor ri-se destes que são “dominadores dos que lhe foram confiados” (1Pe 5.2).
Mas Deus olha atentamente do Céu e se compadece de todo aquele que se humilha, que se reconhece miserável, carente da Graça. Ele sofre juntamente com a mãe que derrama lágrimas pelo filho, Ele acolhe ao que já não encontra guarida em nenhum lugar, Ele perdoa e promete nunca mais se lembrar das faltas daqueles que buscam refúgio em seu Filho Jesus.
Senhor, de todos antropomorfismos da bíblia, não quero que “ria” de mim, mas que tão somente “alegre-se” em mim.
Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br
“Rir-se-á deles o Senhor, pois vê estar-se aproximando o seu dia” (Sl 37.13)
A Bíblia revela alguns atributos divinos que são próprios da raça humana. A isso chamamos de “antropomorfismo” [anthropos = homem e morphe = forma]. Ou seja, Deus se mostra a nós atribuindo a si mesmo características daqueles a quem criou. É antropomórfico afirmar que o Senhor ama, sofre, compadece, enternece, descansa, se arrepende, anseia, espera, e.... surpresa: o Senhor também ri.
As duas passagens que mencionam esse gesto divino possuem algo em comum: elas mostram o Eterno rindo zombateiramente da insensatez dos reis, poderosos e dos ímpios que imaginam ser alguma coisa, rindo daqueles que confiam em suas próprias forças e se esquecem de Deus.
De quem o nosso Deus hoje lança mofa, graceja e faz troça? Não é difícil imaginar....
Deus ri-se de quem imagina que pode manipulá-lo ou controlá-lo, seja com ofertas, dízimos, promessas ou qualquer outra espécie de sacrifício.
Deus ri-se dos que criam impérios e acumulam fortunas usando o Seu nome, supondo que “a piedade é fonte de lucro” (1Tm 6.5). Ri porque sabe que o julgamento deles está próximo, e caso não se arrependam dessa loucura, só resta-lhes uma horrível expectativa.
O que habita no Alto zomba de toda gente que decreta, amarra, revela, libera e profetiza unção, saúde, vitória, prosperidade e cura, indistintamente a todos, desde, é claro, que paguem o CD, o livro, o carnê, a bíblia e o óleo. Não fica difícil entender porque Seu Filho, que observa tudo o que o Pai faz (Jo 5.20), zuniu o chicote contra os cambistas da fé e os expulsou do templo.
Ri-se o Senhor de quem vive todo gabola, confiante em sua beleza e juventude, e sente-se seguro porque possui bens e riquezas deste mundo. Mal sabe que a aparente segurança pode se transformar em repentina destruição sem chance de cura.
Deus ri-se dos que prometem que “hoje” o milagre vai chegar, “hoje” haverá curas e maravilhas. Inverteu-se a ordem das coisas? Não é mais o Eterno que determina quando e da forma que Ele deseja? Estava errado o salmista quando disse que “esperou” confiantemente no Senhor (Sl 40.1)? Deus está sujeito às nossas urgências e não se aguarda mais o tempo Dele [kayrós] se cumprir?
Deus ri-se da ansiedade dos que tentam controlar a vida e desgastam-se em armar esquemas para que nada fuja do planejado, e esquecem que a vida é fluída e fugidia, e quanto mais se quer controlá-la, mais escapa pelos nossos dedos. Quem relaxa o corpo e deixa-se levar pela água (Espírito) bóia, quem se retesa ansioso, afunda.
Ri-se Aquele que Reina, dos que depositam a fé em gestos, em rituais, em água, em velas, em rezas repetidas sem o coração, “visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).
Zomba o Eterno dos que se escoram em títulos pomposos, e se colocam em degrau superior de fé supondo ter autoridade sobre outros, exigindo-lhes submissão irrestrita sob pena de serem declarados malditos, sim o Senhor ri-se destes que são “dominadores dos que lhe foram confiados” (1Pe 5.2).
Mas Deus olha atentamente do Céu e se compadece de todo aquele que se humilha, que se reconhece miserável, carente da Graça. Ele sofre juntamente com a mãe que derrama lágrimas pelo filho, Ele acolhe ao que já não encontra guarida em nenhum lugar, Ele perdoa e promete nunca mais se lembrar das faltas daqueles que buscam refúgio em seu Filho Jesus.
Senhor, de todos antropomorfismos da bíblia, não quero que “ria” de mim, mas que tão somente “alegre-se” em mim.
Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br
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