sexta-feira, 28 de agosto de 2009

POR QUE NÃO SE CALA?


“Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei...
cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria” [Jó 33.31-33]


Correu o mundo a resposta que o rei Juan Carlos deu ao ditador venezuelano Hugo Chávez numa cúpula de governantes quando este disparou a falar em momento inoportuno: “Por que no te callas?”.

Vivemos a época da verborréia, que é a quantidade excessiva de palavras para dizer coisas de pouco conteúdo. Políticos, pastores, apologistas de diversas crenças, e “marqueteiros” em geral querem “vender o seu peixe”, e a vida é transformada num grande mercado onde os grupos disputam quem grita mais.

Acabamos entrando nessa onda. Há um ímpeto de responder a tudo. Não há tempo de digerir o que nos foi dito, pois tudo merece resposta imediata. Ocorre a poucos seguir o preceito bíblico de deixar para Deus, o Justo Juiz, a resposta, e permanecer em silêncio. Que importante lição nos dá Jesus, que diante do Sinédrio testemunhavam falsamente contra Ele, “guardou silêncio e nada respondeu” [Mc14.61].

No mundo da fé, a palavra tem sido usada para desvirtuar, ludibriar, e confundir. Diante de um grupo que pregava falsos fundamentos na igreja, Paulo suplica a Tito: “É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância!” (Tito 1.11). Também balbucio isso diariamente!

Em tempos de confusão de ruídos, vozes e multidões falando, é imperioso ao cristão apertar a tecla “pause”. Sossegue. Desligue o rádio, o CD, não ouça mais nada até ouvir a voz do teu ser.

É preciso silenciar o ser para poder escutar o corpo, suas sensações, suas dores e tensões; escutar a alma gemendo, mas inaudível quando não nos desligamos dos ruídos; escutar o outro, sem nenhuma pressa. E o mais sublime: escutar Deus sussurrando ao nosso coração, escutar Deus falando nas entrelinhas das canções, falando através da natureza, e falando pela Sua Palavra – diretamente, sem intermediários.

Há uma diferença qualitativa entre “ouvir” e “escutar”. Escutar é mais do que ouvir, é perceber, é levar em conta, considerar e ponderar. Ouvir atua apenas no campo dos sentidos, mas quem escuta percebe até mesmo aquilo que não foi dito. Nem sempre o que ouve escuta, porque escutar exige silêncio interior. Como diz o poeta:

“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma” (Alberto Caeiro)

A verdadeira transformação do ser não vem de fora, vem de dentro, do interior para o exterior. Deixar de escutar a voz interior é continuar convivendo com a tensão dos conflitos internos – justamente por não serem percebidos.

O Eterno deseja tanto nos falar que Ele se refere ao seu povo como uma amada a qual leva para o deserto, e lhe fala com ternura ao coração (Os 2.14). Deserto, lugar de prova, de silêncio, de solidão, de esvaziamento, lugar ideal para abandonar as ilusões. Mas é também no deserto que se ouve a voz das tentações. Ali é o espaço para o demoníaco manifestar suas intenções: “tudo te darei se prostrado me adorares” (Mt 4.9). Quem suporta esse tempo de silêncio e abandono sai dele fortalecido, não mais dominado pelas futilidades, nem pelas fantasias e obsessões. Seus fantasmas são deixados para trás.

“Somente em Deus ó minha alma, espera silenciosa...” [Sl 62.1]. É no silêncio que Deus fala, é no silêncio da noite, enquanto dormimos, que Deus age. Quando o Senhor quis se mostrar a um depressivo Elias escondido na caverna, primeiro veio um vento forte, depois um terremoto, e depois um fogo, mas o Senhor não estava em nenhum desses elementos poderosos. Finalmente, um “cicio tranqüilo e suave”. E lá se encontrava o Eterno.

Agora, o mais importante não é falar a Deus. É hora de escutar Deus. “Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei... cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria” (Jó 33.31-33). Há muita gente vivendo desatenta de Deus, absorta e mergulhada em seus afazeres, idéias e projetos. Deus deseja falar-lhes, mas eles acham que têm coisas mais “importantes” a fazer.

A voz de Deus num coração silencioso e atento traz repouso, um apaziguamento da alma. É o estado da simplicidade total, de quem aprendeu a descansar o olhar, e não anda à procura de grandes coisas, mas fez calar e sossegar a sua alma.

Por que não se cala?


Pr. Daniel Rocha
dadaro@uol.com.br

domingo, 23 de agosto de 2009

USAIN BOLT


A capacidade humana de dizer que somos maiores que os números dados e “certificados” pelas ciências, contrariando todas as estatísticas

Usain Bolt, um jovem corredor jamaicano com 23 anos de idade, no domingo dia 16 de agosto no Mundial de Atletismo em Berlim, e quebrou um recorde mundial que permanecia intacto há pelo menos 21 anos na corrida dos 100 metros rasos. Conforme a Revista Veja “é uma revolução no mundo das bioestatísticas” O atleta contrariou os dados de agências conceituadas no campo de pesquisas científicas acerca da possibilidade de velocidade máxima que um ser humano pode alcançar até 2080. Na reportagem da Veja, parte final do texto, o autor conclui que “só Usain Bolt pode dizer qual é o limite do homem” (Cf.: Edição 2127/ 26 de agosto de 2009/disponível em: http://veja.abril.com.br/260809/um-atleta-alem-limites-p-098.shtml).

Como bom leitor, estava “zanzando” pelas páginas da Veja dessa semana, e essa história me chamou especial atenção. Ufa!! Oportunidade para respirar!! - depois da edição anterior – sobre os embates entre Rede Globo de Televisão e Rede Record [aqui representada e reduzida aos escândalos de Edir Macedo, bispo da IURD – aliás, acredito que todos/as acompanhou a “guerra estratégica” que tirou Sarney e o presidente Lula do cenário escandaloso mostrado na TV. Ôpa! Eu ia me esquecendo: e as duas secretárias].

Usain Bolt é um ser humano que testemunha a superação. Mas ele também ilustra o fato de que o ser humano transcende qualquer teoria empírica, e numérico-estatística, superando as máquina e os limites do valor numérico que não raras as vezes subordinam a natureza e capacidade humanas ao funcionamento das máquinas. Mais uma vez fica patente que a prática transcende as teorias.

Não quero enfatizar a fragilidade científica, tão pragmática! - antes, acentuar a superação humana como dádiva de Deus que incorporou no nosso DNA a capacidade de sermos surpreendentes, e isso independentemente daquilo que dizem acerca de nós. Também não quero ser adepto de um espiritualismo escapista, tão ingênuo! Muito menos pregar ativismos quaisquer que sejam eles, e fugas da rotina vital.

Minha proposta com esse texto é mostrar que você é capaz de se superar. Não fique parado/a, lendo estatísticas e vivendo de probabilidades, depositando sua fé em dados meramente numéricos; deposite sua fé no Deus que prima pela evolução como a capacidade que o ser humano tem de se superar, evolução curativa. Confie na esperança do Deus presente na história; aposte sua vida por estar saudável e quebrando os limites de alguns gessos do cotidiano que geram doenças das mais diversas.

Mesmo sem maiores aprofundamentos exegéticos, para mim, esse tema pode ser fundamentado em bases claras do seguinte texto bíblico:

Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. (Ec. 11.4-5).
Abraços.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Interpretação dos sonhos ...

Interpretar o sonho de alguém é ter a capacidade de sistematizar e explicitar para a própria pessoa aquilo que ela esconde dela mesma: uma vez que sonhos são vozes interiores-pessoais que gritam a verdade em símbolos. (ALFJr)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

TENDÊNCIAS PERIGOSAS


“Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; se é

concitado a dirigir-se acima, ninguém o faz” (Oséias 11.7)


Somos seres bondosos e agradáveis, nosso olhar é sempre manso para com todos, não levamos ninguém a mal, quando nos ofendem desejamos imediatamente perdoar o ofensor, e oramos diariamente pelos nossos inimigos, certo? Provavelmente errado.

Não precisa muito esforço para perceber que há em nós uma espécie de “tendência natural” que predispõe a todos numa mesma direção de comportamento. E justificamos: somos seres humanos normais que simplesmente seguem suas inclinações interiores.

Some-se a isso o fator “circunstância”. Certa feita o rei Saul desobedeceu às ordens do profeta Samuel, e fez o que não devia ter feito. Samuel chega e o reprova, mas ele se sai com essa: “fui forçado pelas circunstâncias” (1Sm 13.12). Já reparou que em todas as suas quedas, as circunstâncias colaboraram para que elas ocorressem?

A natureza humana é decaída, com propensão ao desvio, à dissimulação, ao pretexto, e à autojustificação. Nossos ouvidos estão mais abertos ao engano e aos sofismas que à Verdade. Até os que professam a fé são mais inclinados a desviar que se aproximar do Divino.

É difícil dizer “não” às tendências, mesmo quando estas ferem os valores de nossa fé. Estamos propensos a ir sempre com a multidão, e de repente nos pegamos falando e agindo como a massa, e quem vai na contramão é visto como estranho. É engraçado que até hoje pessoas se espantam quando digo que não assisti ao “Titanic”, que recebeu a maior campanha publicitária da história, e todos à época se viram “empurrados” em direção ao cinema.

Somos por natureza idólatras, e qualquer coisa serve como ídolo para ocupar o lugar do Eterno. Bastaram alguns dias de ausência de Moisés para que Israel fundisse um bezerro de ouro e exaltasse seu poder de tirá-los do Egito. Fica fácil entender então porque as multidões fabricam ídolos: há os da MPB, do rock, dos esportes, e pra seguir a “tendência”, os evangélicos também possuem os seus que falam, cantam (e gemem).

Confundimos com facilidade as coisas criadas – como árvores, animais ou rios – com o Criador. Somos por natureza mesquinhos, e a generosidade não faz parte dos relacionamentos diários. Nossa propensão é para o orgulho, não a humildade. Para dominar, não servir. Para o bem individual, não o coletivo. Somos servos dos impulsos e paixões, tomamos decisões consultando o fígado, e escorregamos facilmente para o destempero.

Jesus nunca se deixou levar pelos que tinham aparência “religiosa”, pois “ele mesmo sabia o que era a natureza humana” (Jo 2.25).

Não sei quais são suas “tendências” naturais. Mas posso dizer-lhe: cuidado! Muito provavelmente elas não expressam aquilo que o Eterno deseja ver em você. Permitir ser dirigido pelos impulsos e tendências mantém-nos presos às reações mais primitivas do nosso ser. Não é bom para nós, e não é bom para ninguém.

É preciso reconhecimento, humildade, e um mínimo de disciplina para dizer “não”. Mas, acima de tudo é preciso permitir que o Eterno conduza nossas vidas. O Pai deseja ver cada vez mais em nós a imagem de Seu Filho. O caminho de um ser pacificado interiormente haverá de passar por Cristo até o ponto de dizermos que “já não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus” (Gl 2.20).

Li certa vez a oração de um puritano anônimo do século XVII, que falou muito a mim. Espero que fale com você também:

"Quando Tu quiseste me conduzir, eu tomei o controle da minha vida.

Quando Tu quiseste me governar, eu me dirigi a mim mesmo.

Quando Tu quiseste cuidar de mim, eu me bastei a mim mesmo.

Quando eu devia depender de tuas provisões, eu me abasteci de mim mesmo.

Quando eu devia me submeter à Tua providência, eu segui o meu desejo.

Quando eu devia estudar, amar, honrar e confiar em Ti, eu trabalhei para mim mesmo:

Eu sou por natureza um idólatra .

Senhor, meu maior desejo é levar meu coração de volta a Ti.

Convença-me que não posso ser meu próprio deus ou me fazer feliz a mim mesmo,

nem ser meu próprio Cristo para restaurar minha alegria,

nem ser meu próprio Espírito para me ensinar, me conduzir e me dirigir.

quando meu dinheiro for deus, tu me jogues para baixo,

quando meus bens forem meus ídolos, tu os faças voar para longe,

Mostre-me que nada destas coisas pode curar uma consciência ferida,

sustentar um esqueleto cambaleante, segurar um espírito desviante.

Então, leva-me para a cruz e me deixe lá".

Pr. Daniel Rocha

dadaro@uol.com.br

sábado, 15 de agosto de 2009

Frase para reflexão.

A eterna tentação do homem é a de não querer reconhecer-se como criatura diante do Criador, é revoltar-se contra essa sua condição de dependência radical e querer ultrapassar os seus próprios limites, fazendo de si mesmo um deus. Carlos Mesters

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

MAROLAS ESPIRITUAIS


“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Coríntios 11.19 (RC)

Observa-se em cada marola espiritual pessoas, líderes e igrejas que passam a ter uma visão mais profunda do diabo e seu reino, do que de Deus e seu Reino. Assim passam a ver o demônio na cruz do altar, em fachadas de templos, cortinas, genuflexório e até em carpetes. E a ordem, sempre acompanhada de muito “afundamento” bíblico, é destruir o inimigo escondido nesses objetos e lugares.

Examinando os fatos e as pessoas que conheço envolvidas nessas marolas espirituais, vejo um superficialismo, uma mediocridade e uma falta de teologia da graça que constrange e incomoda. Muitos sobem na prancha do oportunimismo e do puxa-saquismo sem saber o tamanho da marola espiritual e sem medir um milímetro das conseqüências.

Como pastor Metodista causa-me preocupação quando vejo um presbítero em quem a Igreja investiu tanto em sua preparação, não saber pregar a palavra em condições básicas de homilética. E por não saber lança mão de frases prontas e frases de efeitos, todas aprendidas nas madrugadas com pregadores televisivos de duvidosas reputações.

Finalmente, aquieta-me sobremaneira, quando recordo que a nossa amada Igreja Metodista tem por tradição histórica a seu favor, a capacidade de enfrentar não só marolas espirituais, mas também tempestades de heresias. A Igreja Metodista é uma igreja de comunhão e convivência prezando seus princípios doutrinários firmados na Palavra de Deus. Por isso sigo alegre servindo ao nosso Senhor certo de que a Igreja é dEle...

Texto escrito, e autorizada pupblicação, pelo Rev. Gilmar C. Rampinelli, pastor da Igreja Metodista Central de São João Nepocumeno/MG.

Texto disponível também em http://www.metodistacentral.org/index.php?option=com_content&view=article&id=59:marolas-espirituais&catid=2:reflexoes&Itemid=14

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Frase do coração


Quanto mais amigos tivermos e relacionamentos mais intensos edificarmos, mais eternos seremos! Talvez eternidade não se resuma nisso, mas que tal começarmos a pensar em fazer amigos/as - acerca de relacionamentos mais profundos?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A cultura do "estar em constante trabalho”: com “a Cabeça” X com “o Braço”


Nem todo ato de estar “em” serviço e/ou trabalho, ou exercendo uma atividade seja ela qual for, é tão digno quanto se apregoa por aí. Tem gente que se gaba e bate no peito: “meu nome é trabalho e sobre nome serviço”; mas qual seria seu "apelido" se perguntássemos para os membros de sua família? Quem sabe seria: ausente!! Dentre outros. Eu mesmo, por esses dias, fui surpreendido por minha esposa me fazendo enxergar essa realidade. Aí eu comecei a refletir melhor acerca disso (...).


A verdade é que muita gente acaba “se atolando” de atividades, para fugir de coisas, de pessoas e compromissos, ou até para se auto-afirmar. A desculpa é sempre a mesma, quase uma estrofe que se repete: “alguém tem que trazer o dinheiro pra casa”. Na verdade, “trabalhar” aqui é sinônimo de uma série de artifícios lógicos e ficticiamente plausíveis, porque se reveste de uma suposta “boa intenção”, que as pessoas usam para se esconderem, e também fugir: do compromisso de amadurecer, de serem curadas, ou da necessidade de liberar perdão, ou fogem de interagir com pessoas, para fugir da realidade da casa, do tipo: “eu vou trabalhar todos os dias, você não percebe o quanto estou cansado? não posso te ajudar com essa criança" - etc.


E especialmente sobre isso, sobre essa realidade, me ocorreu outro fato: há os/as que se acham melhor porque ganham dinheiro “pensando-refletindo”, o mesmo que administrando com destreza, ou na linguagem popular - “usando a cabeça”; etc. Mas há também os que se acham melhor porque utilizam-se mais da força física no trabalho, os braços, as pernas - para conquistar “o pão de cada dia”. Não que eu considere que quem usa mais a força física no trabalho não pensa, e quem usa mais ao raciocínio não tem esforço físico – e desgastes físicos. No entanto, a verdade é que essa divisão imaginária existe, pode ser até ideológica, mas está mais presente no nosso dia a dia do que podemos imaginar, faz parte do nosso cotidiano. Foi o que eu chamei, para fins didáticos, de cultura de trabalhar: com a cabeça X com o braço.



Várias possibilidades de “limites” e “potencial” poderiam ser listadas em uma tabela acerca dessas duas culturas de trabalho, mas minha intenção não é enfatizar as diferenças, e/ou tomar partido, isso as pessoas já fazem naturalmente, quase sempre criticando sua metodologia de trabalho – cultura. Para ilustrar: Outro dia mesmo recebi uma crítica pesada acerca do horário que eu estava acordando com minha esposa – a crítica veio de um senhor de idade cuja profissão exige dele que deite muito cedo e que acorde também muito cedo. Não sei o direito que ele viu de me criticar, e ele nem se informou sobre o horário que fomos dormir - isso é o mais interessante: o certo e o errado estão subordinados à uma série de conceitos egoístas-subjetivos.



Sei que, com o advento da filosofia grega o trabalho físico ficou subordinado aos ofícios dos pensadores - filosofar. Nesse período, quem filosofava - “quem pensa”, é mais valorizado do que quem faz o trabalho físico, quase sempre os escravos. Hoje a sensação que eu tenho é que existe uma intensa rivalidade antropológica, do tipo “guerra fria”, desses segmentos. Ela acontece no âmbito subliminar e seus efeitos podem ser devastadores à psique por exemplo.



Retomo o que eu disse no início desse texto, e faço uma costura com a segunda parte para a elaboração da seguinte pergunta: Seu trabalho e/ou serviço, sua atividade qualquer que seja ela, é legítima? É fruto de um relacionamento saudável de “você com você mesmo?” De você com o seu próximo? e de você com Deus? Mas se for o contrário, com base em que tipo de “joguinho bobo e infantil” você está saindo de casa para trabalhar, ou que seja, está trazendo seu serviço para casa? Se atolando de atividades, que supostamente são boas, mas que na verdade só te escondem de suas responsabilidades? Pense, mude, ainda resta tempo! Sua família te aguarda.



Eu tive que pensar seriamente sobre isso. Fica o convite.
Abraços.

domingo, 2 de agosto de 2009

Aromaterapia: leitura do mundo pelo cheiro

Uma matéria muito interessante, quem sabe possamos discutir um pouco sobre o tema: se formos criterisos perceberemos as possíveis implicações sociais desses e outros aprofundamentos que se relacionem à temática ...

Agência do Estado (AE): Qui, 30 Jul, 02h04

Matéria atualizada neste sábado, 01 de agosto de 2009

São Paulo, 30 (AE) - Embelezamento para a pele, cura para a alma e relaxamento para a mente: as qualidades medicinais dos óleos essenciais se destacam entre as aplicações da aromaterapia, considerada a ciência do uso de substâncias aromáticas naturais - uma arte terapêutica de causas e efeitos consagrados por 4 mil anos de comprovação.

Tecnicamente, pouco do que é popularmente chamado de aromaterapia poderia ganhar essa denominação. "Aromaterapia é a aplicação de óleo essencial, puro ou diluído, por meio de difusão, massagem, banho, fricção, pulverização, compressa, inalações e escalda-pés, com finalidade de tratamento", explica o osmólogo Fernando Amaral, diretor científico da WNF, empresa que produz 18 óleos essenciais e fornece matéria-prima para 6 mil farmácias brasileiras.

Amaral estudou na Suíça e em 1995 trouxe ao País o know how para a transformação de 'mato' em 'remédio', com direito a farto trabalho de pesquisa e busca de novos ativos na biodiversidade brasileira. Foi dele também a ideia de lançar a Aromagia, uma linha desenvolvida para reunir os produtos que produzem o que ele chama de efeito psicológico do aroma. "A linha Aromagia, que está em aproximadamente 600 pontos-de-venda, é baseada no cheiro de planta, é intermediador dos aromas e atua na magia do aroma, que provoca uma sensação. É como o cheiro do abraço do pai, o cheiro de criança", explica o especialista.

O trabalho com óleos essenciais produz efeitos curativos, não é um produto esotérico, e deve ser realizado com terapeuta capacitado nas técnicas. Usar um stick de lavanda para deixar o clima no escritório mais relaxante, no entanto, não vai curar estresse ou insônia. "Sou a sensação, a lavanda está aqui, mas não vou curar ninguém", diz Amaral, que afirma ter criado a Aromagia para combater o uso incorreto dos conceitos da aromaterapia.

A marca acaba de lançar quatro novos sticks, com aromas de verbena, vanilla, pitanga e rosa e lavanda. O diferencial está no uso de essências naturidênticas, que conseguem reproduzir com perfeição o cheiro da planta ou substância de origem. Para aromatizar, é só desembalar as varetas, abrir a tampa, tirar o batoque de plástico (proteção contra vazamento) e mergulhar as varetas por três minutos no liquido. Depois, basta virar as varetas para intensificar o aroma.

COMPRAS PELO CHEIRO

O olfato é feito para atrair, proteger e reproduzir. Se a pessoa sente um cheiro bom, sabe que é uma coisa curiosa, gostosa, vai conferir. Alguém pintando a parede? O nariz percebe que aquilo faz mal, é tóxico, e age como protetor. Já o perfume de uma pessoa pode ser sedutor ou repulsivo, depende de quem cheira (e a última coisa que as pessoas fazem é cheirar o outro). "O seu odor corporal nunca é mascarado por um perfume. É o odor corporal que determina nossa escolha. Se a química não bate, não acontece", garante a aromaterapeuta Samia Maluf, que usa terapia vegetal há quase 30 anos.

Como surgiu a aromaterapia? Diz a história que, em 1928, René-Maurice Gattefossé queimou as mãos nos laboratórios de sua empresa de cosméticos e tentou resfriá-las mergulhando o braço em um recipiente que continha óleo de lavanda. Para sua surpresa, em uma semana estava curado. Isto o levou a investigar outras possíveis propriedades curativas dos óleos aromáticos e, por volta de 1937, ele criou o neologismo 'aromaterapia'.

"Desde o dia em que nascem até quando morrem, as pessoas são bombardeadas por aromas, mas não costumam dar muita atenção", ressalta Samia. O aroma já não faz mais parte da sobrevivência. Antigamente, era vital para evitar a ingestão de comida putrefata (e fedorenta) ou manter a espécie longe de plantas que tinham odor mais forte e poderiam ser tóxicas. Ela garante que as essências são capazes de ativar o sistema nervoso, ativando a memória. Cada aroma desperta lembranças que, aliadas às características de cada planta, gera ganhos terapêuticos para corpo e mente. "Os cítricos, por exemplo, são alegres, energizantes, antidepressivos", diz.

Samia atua também no desenvolvimento de marketing olfativo, por meio do qual se cria um aroma para uma loja, adequado à imagem visual. É como um logotipo no ar, que atrai o cliente pelo instinto. Aromas de baunilha lideram no varejo.


Disponível em: . Acesso dia 02 de julho de 2009.

OS TRÊS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE, O GRANDE

Recebi por e-mail, de um amigo: Eliézer Marchiori

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...); e
3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.

Alexandre explicou:

1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

DITADOS DO SÉC.XXI

Obs: Recebi por e-mail de um amigo: Eliézer Marchiori.

A pressa é inimiga da conexão.

Amigos, amigos, senhas à parte.

Antes só que em chats aborrecidos.

A arquivo dado não se olha o formato.

Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és..

Para bom provedor uma senha basta.

Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.

Hacker que ladra, não morde.

Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

Mouse sujo se limpa em casa.

Melhor prevenir do que formatar.

O barato sai caro. E lento.

Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.

Quando um não quer, dois não teclam.

Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

Quem clica seus males multiplica.

Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

Quem não tem banda larga, caça com modem.

Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.

Quem semeia e-mails, colhe spams.

Quem tem dedo vai a Roma.com .

Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.

Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

Abração.